Fuga 'injustificável' de Carlos Ghosn é condenada pelo Japão
Ghosn foi preso em novembro de 2018
Foto: Agence France-Presse/AFP
As autoridades japonesas condenaram neste domingo, 5, a fuga "injustificável" de Carlos Ghosn para o Líbano e rejeitaram suas acusações contra a Justiça japonesa. Ghosn foi preso no final de novembro de 2018 no Japão e passou 130 dias na prisão, antes de obter a liberdade sob fiança
O ex-presidente das montadoras Renault e Nissan chegou ao Líbano na última segunda-feira em circunstâncias ainda pouco claras, embora estivesse proibido de deixar o Japão, onde estava em liberdade condicional desde o final de abril de 2019, à espera de julgamento por delitos financeiros.
Em comunicado, a ministra da Justiça japonesa, Masako Mori, informou: "o sistema penal do nosso país dispõe de procedimentos adequados para estabelecer a verdade nos casos e é administrado corretamente, de modo a garantir os direitos humanos fundamentais.
A fuga de um réu em liberdade sob fiança é injustificável". As autoridades japonesas não puderam traçar a saída do território de Carlos Ghosn e, portanto, suspeita-se que ele tenha usado "meios ilegais" para deixar o país, afirmou.