Coronavírus

Fundador da Anvisa afirma que compra de vacinas pela inciativa privada é imoral

Gonzalo Vecina destaca que liberação desorganizará a imunização, e grupos prioritários ficarão sem doses

Por Da Redação
Ás

Fundador da Anvisa afirma que compra de vacinas pela inciativa privada é imoral

Foto: Reprodução

A compra de vacinas contra a Covid-19, doença do novo coronavírus, pela iniciativa privada resultará em uma "imoralidade", segundo afirma o idealizador do Sistema Único de Saúde, em 1988, e fundador e presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) Gonzalo Vecina. 

O texto do projeto de lei aprovado pela Câmara dos Deputados na última terça-feira (6) visa permitir que empresas comprem as vacinas contra a doença para imunizar funcionários. A proposta também exige a doação dos imunizantes ao SUS, na mesma quantidade do comprado para uso particular. 

Em entrevista ao Metrópoles, Vecina criticou o projeto e disse é uma "perda de tempo e uma discussão idiota liberar a compra de vacina para empresas. Compra de vacina por empresas é imoral”, sentenciou.

“Compra de vacina pelo setor privado é uma imoralidade, é antiético e ignorante. Não vai resolver o problema. Outra ideia de jerico é liberar a compra de vacinas que ainda não tenham o registro da Anvisa”, avalia.

Para ele, caso as empresas sejam autorizadas a imunizar os funcionários, o país pode não atingir a proteção em massa, e aumentar o risco de transmissão da doença. “A fila do SUS é organizada pelo risco de morrer. Se pessoas recebem antes desse público, está usurpando a possibilidade de alguém viver”, salienta.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:redacao@fbcomunicacao.com.br

Faça seu comentário

Nome é obrigatório
E-mail é obrigatório
E-mail inválido
Comentário é obrigatório
É necessário confirmar que leu e aceita os nossos Termos de Política e Privacidade para continuar.
Comentário enviado com sucesso!
Erro ao enviar comentário. Tente novamente mais tarde.