Fundo Eleitoral sancionado por Lula é duas vezes maior que o aprovado para as eleições de 2020

Na última segunda-feira (22), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou  o valor de R$4,9 bilhões para o Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), conhecido como fundo eleitoral. O montante é duas vezes maior do que o aprovado para o pleito de 2020, quando foram liberados 2 bilhões de reais (2,5 bilhões, corrigido pela inflação) para as campanhas. 

Dessa quantia, o Partido Liberal (PL) e o Partido dos Trabalhadores (PT) vão receber a maior quantia. O partido do ex-presidente Jair Bolsonaro levará R$863 milhões, já o partido do presidente Lula, terá R$604 milhões para financiar campanhas de seus candidatos.

Em seguida, vêm o União Brasil, com R$517 milhões de reais, e PSD, com R$427 milhões de reais. No total, os quatro partidos terão praticamente a  mesma quantia que a soma dos 25 outros partidos reconhecidos hoje pela Justiça Eleitoral.

Entre as legendas que possuem representantes eleitos no Congresso, Sustentabilidade (R$36,4) e Novo (R$43) receberão os menores valores do Fundo Eleitoral. 

Os partidos que não conseguiram eleger parlamentares estão entre os menos beneficiados. Somadas, PRTB, PMN, Agir, Democracia Cristã (DC), PCB, PMB, União Popular (UP), PSTU e PCO recebem, aproximadamente, R$54 do  fundo eleitoral.

Veja a projeção para cada partido (em milhões de reais)
 

• PL : 863
• PT : 604,2
• União Brasil : 517,2
• PSD : 427
• MDB : 410,4
• PP : 406,7
• Republicanos : 331,9
• Podemos : 249,5
• PDT : 171,8
• PSDB : 156,1
• PSB : 150,8
• PSOL : 127,8
• Solidariedade : 90,7
• PRD : 84,5
• Avante : 74,8
• Cidadânia : 64,6
• PCdoB : 52,2
• VP : 44,5
• Novo : 43
• Rede Sustentabilidade : 36,4
• PRTB : 9,8
• PMN : 9
• Agir : 6,8
• CD : 5,5
• PCB : 5,2
• PMB : 5,2
• União Popular : 4,6
• PSTU : 4
• PCO : 3,5

A projeção foi divulgada pela Fundação 1º de Maio, ligada ao Solidariedade. A distribuição dos recursos do fundo eleitoral, regida pela Lei das Eleições (Lei nº 9.504/97), prevê um percentual de 2% dividido de forma igualitária entre os 29 partidos registrados hoje no Tribunal Superior Eleitoral ( TSE ). O  restante é destinado proporcionalmente ao número de representantes de cada legenda no Congresso Nacional.