Futuramente, novo coronavírus vai se tornar uma doença respiratória sazonal, diz estudo

Pesquisador afirma que população vai ter continuar com as medidas de proteção

Por Da Redação
Ás

Futuramente, novo coronavírus vai se tornar uma doença respiratória sazonal, diz estudo

Foto: NIAID via Nasa

De acordo com um artigo publicado no periódico Frontiers in Public Health, nesta terça-feira (15), assim como diversos vírus que causam mais problemas em determinadas estações do ano, a exemplo da influenza, o novo coronavírus, futuramente, também se tornará uma doença respiratória sazonal, e pode trazer mais problemas no inverno. Entretanto, isso só deve acontecer depois que a imunidade coletiva seja atingida por vias naturais ou por uma vacina.  

Segundo o líder do estudo e pesquisador da Universidade Americana em Beirute, no Líbano, Hassan Zaraket, a população vai ter que aprender a lidar com a doença e seguir com as práticas de medidas de prevenção. "A Covid-19 veio para ficar e ela continuará a causar surtos ao longo do tempo até que a imunidade coletiva seja atingida. Assim, o público precisará aprender a viver com a doença e a continuar praticando as melhores medidas de prevenção, incluindo usar máscaras, evitar aglomerações, distanciamento físico e higiene das mãos", explica.

"Continua se tratando de um vírus novo e, apesar do rápido e crescente volume de evidências científicas sobre ele, ainda há muitas coisas desconhecidas. Se nossas previsões serão confirmadas ou não no futuro, ainda não sabemos. Mas acreditamos que é muito provável que a Covid-19 se torne sazonal, como outros coronavírus."

A pesquisa detalha que a sazonalidade de vírus respiratórios em regiões tropicais, como no Brasil, o vírus como o influenza (causador da gripe) podem afetar de forma mais diluída ao longo do ano. Para o Sars-Cov-2, essa etapa da sazonalidade ainda não chegou porque as populações encontradas por ele eram desprotegidas imunologicamente. 

O artigo ainda explica que apesar das regiões tropicais estarem sofrendo com a Covid-19, há evidências de que a transmissão foi mais agressiva no inverno de regiões temperadas, o que indica que o frio e o clima seco podem favorecer a infecção.

O trabalho foi fruto de uma revisão de estudos anteriores sobre diversos tipos de vírus e sua sazonalidade.

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