Fux mantém presidente TJ-BA afastado
Ele também negou conceder liberdade a três suspeitos de participação em grilagem de terras
Foto: Nelson Jr. / STF
Neste sábado (28), o vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, negou reverter o afastamento do presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, Gesivaldo Britto.
Além disso, ele também rejeitou conceder liberdade a outros três suspeitos de participação em venda de decisões judiciais e grilagem de terras envolvendo a cúpula do Judiciário na Bahia.
O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Og Fernandes autorizou na Operação Faroeste prisões, buscas e o afastamento de quatro desembargadores da Bahia, em novembro. O afastamento tem duração prevista de 90 dias.
Fux considerou, ao analisar os quatro pedidos que não havia ilegalidade nas ordens e que o ministro apresentou corretamente a motivação para os afastamentos e as prisões.
"A decisão impugnada revela-se, nesse juízo cautelar, devidamente fundamentada e se refere a investigação ainda em andamento. Destarte, inexiste situação que permita a concessão da ordem pleiteada no plantão judiciário, ante à ausência de teratologia na decisão atacada, flagrante ilegalidade ou abuso de poder", afirmou Fux ao rejeitar um dos habeas corpus.
Ele analisou o pedido porque o presidente do Supremo, Dias Toffoli, se declarou suspeito de atuar nos processos. Toffoli é o responsável pelo plantão do STF no recesso do Judiciário, e, na ausência dele, o vice decide.
A expectativa é de que Toffoli permaneça no comando do tribunal até 18 de janeiro, e a partir do dia 19 de janeiro deixe o comando do STF para Fux por dez dias. Toffoli retorna de férias dia 30 de janeiro.
Fux entendeu que o relator sorteado dos casos, ministro Luiz Edson Fachin, poderá reavaliar o pedido de liberdade de todos após o recesso.
Os três pedidos de liberdade negados pelo ministro foram de: Márcio Miranda Duarte, Adailton Maturino dos Santos e Antonio Roque do Nascimento Neves.