Garimpo ilegal em terras indígenas cresceu, 787% entre 2016 e 2022, aponta Inpe
As informações são fornecidas por meio de alerta pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real
Foto: Divulgação/Ministério da Defesa
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontaram que o garimpo ilegal em terras indígenas na região Norte do Brasil cresceu, 787% entre 2016 e 2022.
Registros da atividade ilegal foram detectadas nas Terras Indígenas Yanomami, em Roraima, e em seis reservas do Pará: Sai-Cinza, Munduruku, Baú, Kayapó, Apyterewa e Trincheira/Bacajá.
O levantamento aponta que, em 2016, durante a gestão de Michel Temer (MDB), a área de mineração ilegal em terras indígenas estava em 12,87 km², o equivalente a quase metade do arquipélago de Fernando de Noronha.
Em 2021, o número registrado cresceu oito vezes, cerca de 114,26 km², 787%. Ainda na gestão do ex-presidente, houve um recuo em 2022, quando 62,1 km² foram detectados como área de mineração ilegal.
As informações são fornecidas por meio de alerta pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), que emite sinais diários da alteração na cobertura florestal para áreas maiores que 3 hectares (0,03 km²), tanto para áreas totalmente desmatadas como para aquelas em processo de degradação florestal (além de mineração, ele detecta exploração de madeira e queimadas, por exemplo).
Veja evolução do garimpo entre 2016 e 2022:
2016 - 12,87 km²
2017 - 48,72 km²
2018 - 79,17 km²
2019 - 97,24 km²
2020 - 92,38 km²
2021 - 114,26 km²
2022 - 62,1 km²