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General Heleno critica demora de vacina brasileira e diz que 2022 será “cruel”

"Está passando o tempo da pandemia e a vacina brasileira ainda não está disponível", disse ministro do GSI

Por Da Redação
Ás

General Heleno critica demora de vacina brasileira e diz que 2022 será “cruel”

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, afirmou que o Brasil tem uma perspectiva “cruel” para 2022 por não produzir uma vacina contra a Covid-19. A declaração do ministro foi dada na terça-feira (14), durante a formatura do Curso de Aperfeiçoamento e Inteligência para agentes já em atividade na Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

No discurso, divulgado pela coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles, o general ainda fala que precisa tomar remédios psiquiátricos “na veia” diariamente para não levar Jair Bolsonaro a tomar “uma atitude mais drástica” contra o STF. Heleno expressou ainda muita preocupação com o presidente e disse que rezará para que o mandatário não sofra um atentado fatal em 2022.

"A guerra pela venda de vacinas é uma guerra suja, é uma guerra movida a muito dinheiro, como nunca houve no mundo tanto dinheiro disponível. Isso está sendo disputado palmo a palmo. Isso significa uma hegemonia mundial. E o Brasil está correndo atrás. Já comentou várias vezes que está produzindo a vacina, não sei o quê, mas está passando o tempo da pandemia e a vacina brasileira ainda não está disponível”, afirmou Heleno.

Em seguida, o ministro do GSI ainda afirmou que o governo está gastando o dinheiro que nem tem "para poder manter esse nível de vacinação que nós temos hoje, invejável, porque nós não somos produtores da vacina. Um nível invejável de vacinação. Então nós estamos caminhando para um ano extremamente difícil no Brasil. Poucos países têm uma perspectiva tão cruel de 2022 quanto o Brasil.”

Vale lembrar que no mês de março, Bolsonaro afirmou em cadeia de rádio e TV que o país seria autossuficiente na produção de vacinas contra a Covid-19 “em poucos meses”, o que não aconteceu. Das 16 iniciativas de imunizantes que receberam apoio da Rede Vírus, do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), apenas uma terminou.

Outras quatro que foram aprovadas e estavam prestes a começar os testes clínicos, tiveram que adiá-los devido à falta de incentivo público. Questionado pela coluna sobre suas declarações, Augusto Heleno disse: “O GSI deixa de se manifestar por tratar-se de demanda que aborda o assunto fora de contexto”.

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