• Home/
  • Notícias/
  • Brasil/
  • General Santos Cruz defende que militares da ativa do governo passem para reserva
Brasil

General Santos Cruz defende que militares da ativa do governo passem para reserva

Para o general, o Congresso, em diálogo com autoridades militares, deve propor melhorias na legislação

Por Da Redação
Ás

General Santos Cruz defende que militares da ativa do governo passem para reserva

Foto: Agência Brasil

O ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo do presidente Jair Bolsonaro, general Carlos Alberto dos Santos Cruz, defendeu no sábado (13), durante transmissão ao vivo nas redes sociais, que militares da ativa do governo passem para a reserva. Segundo ele, as Forças Armadas "não são poder moderador" e que discussão foi puxada por "conveniência".

"Fica um vínculo até visual, porque ontem (o militar) estava em traje civil servindo ao governo e hoje está de uniforme comandando um alto escalão qualquer", disse o general durante a live "Direitos Já! Fórum pela Democracia".

Na ocasião, o general também comparou a situação dos militares com a do ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, que precisou pedir demissão da carreira de juiz para integrar o governo. "No meio militar você tem pessoas da ativa à disposição do governo. Ele continua na ativa. É muito melhor passar para a reserva."  De acordo com ele, pelo número de militares e pelo posto que ocupam, a sociedade acaba se confundindo.

Para o general, o Congresso, em diálogo com autoridades militares, deve propor melhorias na legislação. O desejo de ir para a reserva foi manifestado pelo ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, na sexta-feira (12), em entrevista à revista Veja.

Responsável pela articulação política do Planalto com o Congresso, Ramos tem sido criticado por sua participação em atos que pedem o fechamento do Congresso e do Supremo e participação direta na negociação de cargos para o Centrão, nova base de apoio ao presidente Jair Bolsonaro no Congresso.

Santos Cruz criticou a participação do presidente Jair Bolsonaro em manifestação que ocorreu em frente ao Quartel-General do Exército e afirmou que esse tipo de comportamento confunde a população. "O comportamento de fazer discurso em frente ao Quartel-General do Exército, essas coisas aí, elas confundem a população. Isso é uma confusão que é ruim e traz insegurança. E não só insegurança para a população em geral, mas até no bom nível político, jurídico. É muito bom que seja feita essa separação para que não se tenha influência na vida política", disse o general.

Bolsonaro e seus apoiadores passaram a citar o artigo 142 da Constituição para criar a narrativa de que não seria ilegal um decreto de “intervenção militar” para conter o que consideram excessos do STF. 
 

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:[email protected]

Faça seu comentário