Gilmar Mendes proíbe apurações que envolvam jornalista Glenn Greenwald
Mendes atendeu a pedido feito em ação do partido Rede Sustentabilidade para impedir investigações sobre o jornalista

Foto: Adriano Machado/Reuters
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), proibiu na noite desta quarta-feira (7), que órgãos de investigação ou administrativos façam apurações com o objetivo de verificar como jornalista Glenn Greenwald, que obteve mensagens publicadas pelo site “The Intercept Brasil”.
Mendes atendeu a pedido feito em ação do partido Rede Sustentabilidade para impedir investigações sobre o jornalista.
De acordo com o ministro, a decisão protege o sigilo da fonte jornalística, assegurada pela Constituição.
O site publicou conversas atribuídas a procuradores da Operação Lava Jato e o então juiz federal Sergio Moro, atual ministro da Justiça.
“Com base nesses fundamentos, concedo, em parte, a medida cautelar pleiteada, apenas para determinar que as autoridades públicas e seus órgãos de apuração administrativa ou criminal abstenham-se de praticar atos que visem à responsabilização do jornalista Glenn Greenwald pela recepção, obtenção ou transmissão de informações publicadas em veículos de mídia, ante a proteção do sigilo constitucional da fonte jornalística”, decidiu o ministro.
O chefe da Polícia Federal, Maurício Valeixo, já havia negado que houvesse apuração em andamento sobre o jornalista.