Glauber Britto mostra Bruxelas

A famosa Bruxelas, capital da Bélgica, fica na região de Flandres e tem “cheiro” de chocolate e “sabor” de cerveja. Centro político internacional, Bruxelas é a sede da União Europeia, com presença da OTAN, Comissão Européia, Conselho e o Parlamento Europeu, o idioma predominante é o francês. Por lá nasceram os Smuffs e o Tim Tim, o menino espião mais famoso do mundo. Muito charmosa, com paisagens pitorescas e ao mesmo tempo cosmopolita, se conecta com as principais capitais europeias.

Uma cidade muito pequena com poucas atrações, mas não menos interessante que outros destinos Europeus. Passei 4 dias em Bruxelas, iniciando o tour com uma caminhada para admirar o mais tradicional ponto turístico da cidade, a praça Grand Palace, eleita várias vezes como a praça mais bonita da Europa. Lá, encontramos a Casa do Rei e a praça alberga com edifícios góticos, barrocos e neogóticos, com cerca de 96 metros de altura. Parei em um dos restaurantes da praça da Grand Place para tomar uma boa cerveja belga e admirar toda aquela arquitetura que me deixou impactado. Caminhei até a estátua mais pitoresca, a Menneken Pis, que nada mais é do que uma fonte com um garotinho fazendo xixi e que tem apenas 61cm de altura. Apesar de ser uma atração super visitada em Bruxelas, ninguém sabe explicar ao certo por que da sua fama. No Museu de La Ville, encontramos mais de 800 roupas feitas para esta estátua, que são usadas em datas comemorativas. A atual estátua não é a original, pois desde a sua exposição, nos finais do século XVIII, foi roubada e assim aconteceu com as réplicas colocadas em seu lugar, ou seja,
a que vi na praça é mais uma cópia. Encerrei esse dia comendo os tradicionais waffles, e uma dica, escolha waffle feito na hora e adicione coberturas que tiver vontade. Geralmente são cobertos com chocolates e frutas, mas existem diversos recheios, ficando difícil escolher um.

No segundo dia fui conhecer o Atomium, um grandioso monumento que foi construído para a Expo 58, também conhecida por Feira Mundial de Bruxelas ou Exposition Universelle et Internationale de Bruxelles (a primeira grande Exposição Mundial depois da Segunda Guerra Mundial). O prédio, apesar de se chamar Atomium (átomo) é, na verdade, no formato de um cristal de ferro, digamos que seja um conjunto de átomo de ferro. Cada esfera  é uma sala com exposições diferentes ligadas umas as outras por escadas rolantes. De lá, fui para o Museu do Chocolate que fica na região central e levei 2h para percorrê-lo por inteiro, tamanha história ali contada. Destaque para a homenagem ao Brasil por sua representação no plantio de cacau e na produção de chocolate. No final, tem uma aula de como fazer preparos com chocolate podendo até opinar na confecção do bombom junto a chef de patisserie. Segui até Les Galeries Royales Saint-Hubert, uma galeria de lojas que servem aos Reis da Bélgica. Esse espaço foi aberto ao público em 1847 e ainda hoje continuam a ser um dos locais mais exclusivos para fazer compras em Bruxelas. Vale também a visita ao espaço, pelo seu belo edifício, adornado por um colossal teto de vidro. Das sete galerias originais, hoje em dia existem apenas três: a Galeria do Rei, a da Rainha e a dos Príncipes, além da loja do renomado chefe pâtisserie Pierre Marcollini, onde desfrutei dos bombons feitos por ele. O chefe é super premiado, tem programa de TV e seus bombons são incríveis e de muito requinte.

No terceiro dia aproveitei o sol para conhecer o jardim Du Mont Des Arts, que é porta de entrada no centro antigo de Bruxelas, e local espetacular para contemplar a vista panorâmica da cidade. Vale apena caminhar pelo jardim exuberante e bem cuidado, admirando a paisagem. Fui conhecer o Palácio Real, que até   1813, era a residência oficial da família real da Bélgica. Hoje em dia, o Palácio de Laeken assume essas funções – não se esqueça que a Bélgica é uma monarquia e desde 2013, Filipe da Bélgica é o rei do país! O Palácio Real nos dias atuais é usado apenas para atos simbólicos e de Estado. Aproveitando o clima um pouco mais quente, fui fazer uma experiência gastronômica maravilhosa em um restaurante italiano chamado Ixelles, indicado no guia Michellin categoria Big Gourmet, ou seja, garantia de qualidade no serviço e de comida muito boa. Pedi de entrada um arancini simples que foi servido com o maravilhoso molho de tomate feito com tomates confitados, e de principal,  pedi um tagliatelle de trufas negras na manteiga de salvia, que por sinal estava de pedir bis de tão divino. Pulei a sobremesa pois tinha comido um delicioso waffle de nutela a tarde.

No quarto e último dia, fui visitar a Catedral de São Miguel e Santa Gudula, edifício que foi renovado em estilo gótico, aparência que ainda mantém. Hoje em dia, a catedral é um símbolo da resistência de Bruxelas e São Miguel Arcanjo e a mártir Santa Gudula são os padroeiros da capital da Bélgica. Vale muito perder um tempo para admirar a arquitetura fascinante e cheia de detalhes dos monumentos.

Dicas :

Visitei Bruxelas no início do outono, onde tem alguns dias chuvosos, então prepare seu guarda –chuva. Essa estação é fria, leve um bom casaco pois costuma fazer entre 10 a 15º.

O transporte público é muito fácil de usar, evite carros porque a cidade é muito pequena e dá para fazer muita coisa andando ou usando o trem, chamado de mono rail.

Bruxelas fica mais cheia durante os finais de semana, pois muitos europeus vem passar final de semana aqui para aproveitar o clima bucólico e beber as famosas cervejas.