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Bahia

Golpe do Pix: líderes de esquema criminoso movimentaram mais de R$ 5 mi, aponta investigação

Organização criminosa teria atuado por pelo menos um ano e cinco meses, entre 2022 e 2023

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Golpe do Pix: líderes de esquema criminoso movimentaram mais de R$ 5 mi, aponta investigação

Foto: Divulgação

O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), órgão ligado ao Ministério Público da Bahia (MP-BA), apontou que a organização criminosa liderada por ex-jornalistas da Record Bahia movimentou, entre os seus líderes, um montante maior que R$ 5 milhões através de desvios de dinheiro provenientes de doações a pessoas carentes.

As informações fazem parte da denúncia feita à Justiça e que teve o sigilo retirado esta semana. Segundo o documento, a organização criminosa teria atuado por pelo menos um ano e cinco meses, entre 2022 e 2023.

Ainda de acordo com o MP-BA, R$ 407.143,78 deixaram de ser entregues aos que participaram das reportagens e seriam beneficiados.

O até então repórter da emissora baiana, Marcelo Castro, movimentou, durante o período investigado, o montante de R$ 1.248.287,52. O valor não corresponde ao vínculo empregatício que mantinha na TV Record, já que, durante o mesmo período, Marcelo recebeu de salário o total de R$ 110.835,73.

Já Jamerson, que atuava como editor-chefe do Balanço Geral, movimentou R$ 2.220.256,20. "O investigado realizou diversas movimentações entre contas de sua titularidade, que totalizaram R$ 603.892,00 (seiscentos e três mil, oitocentos e noventa e dois reais), sendo a principal fonte de recebimento de valores. Não bastando, no período citado, seus rendimentos com editor-chefe na TV alcançaram o montante de R$ 87.202,34 (oitenta e sete mil, duzentos e dois reais e trinta e quatro centavos)", afirma a denúncia.

O Gaeco ainda identificou e acusou Lucas Costa Santos, de 26 anos, de atuar como “operador” do esquema fraudulento. Dentro do esquema, ele era o responsável por identificar casos para serem exibidos na TV e também por cooptar outros participantes para o esquema criminosa, obtendo os números das chaves Pix que eram exibidas na TV.

"O denunciado LUCAS COSTA SANTOS, de igual maneira, no período investigado, movimentou em sua conta o montante de R$ R$ 1.664.042,95 (um milhão, seiscentos e sessenta e quatro mil, quarenta e dois reais e noventa e cinco centavos), incompatível com sua renda, porquanto não possui vínculo de emprego formal, figurando como tendo relação societária com empresa de capital social de R$ 5.000,00 (cinco mil reais)", aponta a denúncia.

Bloqueio de bens

Na quinta-feira (22), o MP-BA solicitou o bloqueio de bens do apresentador e do editor-chefe. O bloqueio foi solicitado para que o dinheiro seja usado para ressarcir quem foi prejudicado com os desvios.

Eles vão responder pelas acusações de formação de organização criminosa e apropriação irregular, segundo pediu a Justiça baiana.

A defesa dos acusados diz que eles não irão se pronunciar no momento.
 

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