'Golpismo sofreu derrota, mas não foi extinto', diz Dino sobre ataques de 8 de janeiro
Segundo ele, se o governo Lula enfrentar dificuldades, vai abrir espaço para golpismo
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Depois de um mês e meio dos ataques às sedes dos Três Poderes, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que o golpismo no Brasil "sofreu uma derrota, mas não foi extinto". A declaração foi feita em entrevista ao Estadão.
Na ocasião, o ministro pontuou ainda que, se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tiver problemas na economia, os atos antidemocráticos podem voltar à cena. “A pergunta é: o governo Lula vai melhorar a vida do povo brasileiro? Se a resposta for sim, o golpismo tende a ser uma força declinante. Se o governo enfrentar dificuldades no resultado, aí abre espaço para a emergência do golpismo”, argumentou Dino.
Dino também comentou sobre como a "extrema direita" age no Brasil, com base nos Estados Unidos. "Essa extrema direita brasileira age quase como espelho do que se dá nos Estados Unidos. Assim como eles estão tentando retomar o espírito do Capitólio com Trump, eles vão tentar retomar o espírito de 8 de janeiro com Bolsonaro. Terão espaço social? Hoje, não têm. Mais adiante, depende do desempenho do governo", explicou.