Golpista suspeito de enganar 40 mulheres com 'golpe do amor' convence uma das vítimas a comprar carro de R$ 92 mil para ele, no DF
Wagner Oliveira, de 43 anos, utilizava redes sociais e aplicativos de namoro para atrair mulheres que possuem estabilidade financeira

Foto: Reprodução
Um homem, identificado como Wagner Oliveira, de 43 anos, foi preso no dia 26 de junho, no Distrito Federal, por suspeita de aplicar o chamado "golpe do amor" em mais de 40 mulheres. Uma das vítimas, que preferiu não ser identificada contou que chegou a financiar um carro de R$ 92 mil para presentar o suspeito.
A mulher detalhou que conheceu Wagner em um aplicativo de relacionamentos e que, após alguns encontros, começaram a se aproximar. Ela conta, inclusive, que o homem disse ter o desejo de conhecer a família dela, prometeu que eles iriam se casar, e já foi à igreja com ela.
Já nos primeiros dias de relacionamento, o suspeito passou a pedir dinheiro para a mulher. Ela informou foi convencida a financiar um carro no valor de R$ 92 mil, com 60 parcelas de aproximadamente R$ 3 mil. O homem ainda teria coagido a mulher a pegar um empréstimo para montar um restaurante.
Diante das conversas, a filha da vítima desconfiou da situação e utilizou o nome completo do suspeito para verificar os antecedentes criminais dele. Durante as buscas, ela identificou que o homem tinha passagens pela polícia por estelionato e avisou a mãe que ele já havia sido preso por golpes.
Wagner já havia sido preso em 2023, por suspeita de enganar 26 mulheres. Ao descobrir o passado do homem, a vítima passou a inventar desculpas para não enviar mais dinheiro para ele e procurou a Polícia Civil.
O suspeito foi preso preventivamente pela Polícia Civil (PCDF) no dia 26 de junho, na Cidade Estrutural, com ajuda da vítima. Durante as investigações, a polícia identificou diversos perfis de Wagner Oliveira nas redes sociais e em aplicativos de relacionamento, onde ele se aproximava das vítimas para obter vantagens financeiras.
A polícia afirma que o principal alvo do suspeito são mulheres solteiras com filhos e que possuam estabilidade financeira. Ele se passava como empresário para enganar as vítimas e alegava que precisava de dinheiro para liberar mercadorias apreendidas.
Ele mantinha o relacionamento com as vítimas a medida que conseguia extorquir dinheiro delas, quando as mulheres passavam a questionar os valores ou cobrar o pagamento, o investigado rompia a relação e as abandonava.