Google: Tensão entre grupo de ética e executivos aumenta após saída de Timnit Gebru
Lista de demandas é enviada ao CEO da empresa

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O grupo Ethical AI do Google (grupo de ética da Inteligência Artificial da empresa) e os executivos da companhia vivem um momento de tensão que se intensificou na última quarta-feira (16), após os funcionários enviarem uma lista de demandas sobre a recente saída de Timnit Gebru, uma mulher negra com papel de liderança na equipe e proeminente em um campo que é predominantemente branco e masculino.
A lista, que foi enviada ao CEO Sundar Pichai,tem como título “O futuro da Ethical AI no Google”. O documento descreve os movimentos que os pesquisadores desejam que a empresa faça para “reconstruir a confiança” com a equipe e criar um ambiente no qual eles possam continuar seu trabalho. A equipe pesquisa as repercussões éticas da inteligência artificial e assessora a empresa sobre políticas e produtos de IA.
Além disso, o texto pede a remoção de uma vice-presidente do Google, Megan Kacholia, da cadeia de gestão da equipe; a transparência em torno da saída de Gebru; e um pedido de desculpas para Gebru feito pelo chefe de IA do Google, Jeff Dean, e pela VP Kacholia.
Também pede que a empresa ofereça a Gebru um novo cargo de alto nível, que se comprometa publicamente com a integridade das pesquisas conduzidas no Google e que garanta que não prejudicará nenhum trabalhador que defenda a executiva demitida.
A saída repentina de Gebru irritou rapidamente milhares de funcionários da empresa e representantes das comunidades de tecnologia e acadêmica. No dia 9 de dezembro, o Google disse que examinaria a partida de Gebru. Em um memorando enviado aos funcionários do Google, Pichai escreveu que a empresa precisa “avaliar as circunstâncias” que levaram Gebru a deixar a empresa e examinar “onde poderíamos ter melhorado e conduzido um processo mais respeitoso”.