Governador do Distrito Federal afirma que estuda a reabertura das escolas

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, disse em entrevista à CNN nesta quarta-feira (22) que estuda a reabertura das escolas. Desde segunda, o governador tem mantido conversas com o presidente Jair Bolsonaro sobre a possibilidade de retornar as atividades nas escolas militares, o que ainda não está confirmado. Segundo Ibaneis Rocha, a secretaria de Educação deve apresentar em dez dias um estudo sobre a possibilidade de retornar as aulas primeiro para estudantes do ensino médio, já que eles seriam a faixa etária mais propícia, pois têm maior capacidade de manter as medidas sanitárias, como higienizar as mãos, usar máscaras e manter distância.

De toda forma, antes da abertura, o governo terá que preparar campanhas educativas para alunos, familiares e professores e ainda comprar cerca de dois milhões de máscaras para distribuir gratuitamente. Ibaneis Rocha ainda falou que deve colocar nas portas dos estabelecimentos de ensino tapetes especiais para desinfecção e uma estrutura que possibilite a aferição da temperatura das pessoas. Também há uma preocupação especial com professores que tenham mais de 60 anos ou tenham comorbidades, que estão no grupo de risco e teriam que ser realocados.

Em princípio, a previsão para a volta nas escolas e faculdades está prevista para o dia 31 de maio. Já o comércio deve ser reaberto dia 4 de maio. Para o governador, a volta das atividades só será possível porque o Distrito Federal foi o primeiro a adotar as "medidas mais duras". Ele afirmou que todas ações se baseiam nas experiências internacionais e que a medida mais recente é a testagem em massa da população. Desde o dia 21 de abril, pessoas com sintomas de gripe podem fazer o teste gratuitamente em pontos distribuídos pela capital do país. Por enquanto, há cem mil testes disponíveis.

Ibaneis Rocha ainda garantiu que a rede de saúde está devidamente preparada para o aumento de casos e tem, atualmente, quase metade da capacidade de leitos disponíveis, bem como dois hospitais destinados apenas ao atendimento de casos de infecção pela Covid-19 e o hospital de campanha montado no Estádio Mané Garrincha, que deve ser entregue dia 5 de maio. "Nossas condições de saúde permitem que a gente faça a reabertura com segurança, porque a gente vai ter uma retaguarda", registrou.

Sobre a demissão do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o governador do Distrito Federal falou que Bolsonaro "perdeu muito tempo mantendo Mandetta", que na avaliação dele, além de não ter sintonia com o presidente da República, também não tem com governadores e secretários de saúde. Ibaneis ainda avaliou que o novo ministro, Nelson Taich, já apresenta uma maior "atenção" aos Estados.