Coronavírus

Governo brasileiro pede para integrar aliança por vacina

Europeus e outros parceiros avisaram que para participar, o Brasil terá de contribuir financeiramente

Por Da Redação
Ás

Governo brasileiro pede para integrar aliança por vacina

Foto: Reprodução / UOL

Após dois meses de lançamento do projeto de aliança para acelerar o desenvolvimento da vacina contra a covid-19, o governo brasileiro enviou cartas aos principais atores envolvidos no projeto indicando a vontade de participação. Além da OMS e da UE, a iniciativa conta com entidades como a Unitaid e Gavi, líderes na distribuição internacional de tratamentos e vacinas

Europeus e outros parceiros avisaram que para participar, o Brasil terá de contribuir financeiramente. O evento já arrecadou US$ 8 bilhões, na esperança de acelerar a pesquisa e desenvolvimento de produtos contra a covid-19.

O Itamaraty, para fazer parte da aliança, disse que "no nível doméstico, o Brasil empreendeu uma série de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação envolvendo os setores público e privado, academia e start-ups em um esforço considerável para combater a Covid-19 através de novos testes, vacinas, respiradores, aplicativos para smartphones e outras tecnologias".

"O acesso a produtos de saúde acessíveis, seguros, de qualidade e eficazes é uma prioridade máxima permanente para o Brasil, tanto em fóruns internos como internacionais", escreveu a embaixadora do Brasil na OMS, Maria Nazareth Farani Azevedo.

Na carta enviada, o Itamaraty não menciona quanto é que o governo vai enviar em recursos para o projeto. Ainda não está definido de que maneira a participação brasileira ocorreria.

De acordo com o projeto, a vacina que for produzida será de acesso universal e patentes não serão obstáculos para garantir que populações tenham acesso ao produto. Existe a esperança de que haverá uma espécie de cota extra de eventuais vacinas para os países mais afetados.

O Brasil é o país que registra o maior número de casos nos últimos 14 dias, período de incubação do vírus. 

A OMS já começou a traçar a estratégia de como realizar a vacinação em massa, a partir de 2021. Um esboço inicial do plano prevê a produção de 2 bilhões de doses até o final do próximo ano.

O projeto informa que as primeiras doses serão enviadas para os profissionais de saúde. A ideia é de que essa parcela da população precisa estar protegida para poder cuidar dos infectados. Depois, a vacinação será destinada às pessoas com mais de 65 anos, as mais afetadas e com maior taxa de mortalidade.

Não existe ainda um acordo sobre como a vacina será distribuída pelo mundo.
 

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