Economia

Governo Central registra déficit de R$ 20,6 bilhões em fevereiro

Quando comparada ao mesmo mês do ano passado, o déficit é 3,4% inferior

Por Da Redação
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Governo Central registra déficit de R$ 20,6 bilhões em fevereiro

Foto: Valter Campos/Agência Brasil

O Tesouro Nacional do Brasil informou na quarta-feira (30), que as contas do governo central registraram um déficit primário de R$ 20,6 bilhões em fevereiro deste ano. O número vem após o superávit recorde marcado no mês de janeiro.

Quando comparada ao mesmo mês do ano passado, o déficit é 3,4% inferior, que teve resultado negativo de R$ 21,399 bilhões. De acordo com dados da pesquisa Prisma Fiscal, divulgada todos os meses pelo Ministério da Economia, os resultados foram um pouco melhores. Os analistas de mercado esperavam resultado negativo de R$ 21,743 bilhões no mês passado.

O resultado primário considera a diferença entre as receitas e as despesas do governo central, formado por Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central. Não contabiliza o pagamento dos juros da dívida pública e outros encargos.

De acordo com o Governo Federal, em fevereiro, o Tesouro Nacional e o Banco Central registraram déficit de R$ 1,3 bilhão. Já as contas da Previdência Social apresentaram um rombo de R$ 19,3 bilhões.

Paulo Valle, secretário do Tesouro Nacional, informou que fevereiro é um mês que geralmente apresenta déficit, por causa do comportamento das receitas do IR (Imposto de Renda).

O resultado de fevereiro deste ano decorreu porque as receitas continuaram a crescer em ritmo maior que as despesas. No mês passado, três fatores impulsionaram o crescimento das receitas. O primeiro foi a arrecadação recorde registrada em fevereiro, antes do anúncio das desonerações para combustíveis e para produtos industrializados anunciadas pelo governo.

Entretanto, aumentaram os gastos com despesas obrigatórias com controle de fluxo, que subiram R$ 3,9 bilhões (+28,4%) acima da inflação em fevereiro na comparação com o mesmo mês de 2021. No acumulado do ano, o aumento chega a R$ 9,6 bilhões (+39,4%) acima do IPCA. A alta foi impulsionada pelo pagamento do benefício mínimo de R$ 400 do Auxílio Brasil.

Em relação aos investimentos (obras públicas e compra de equipamentos), o governo federal investiu R$ 3,08 bilhões nos dois primeiros meses do ano, alta de 52,5% em relação ao mesmo período de 2021, descontada a inflação pelo IPCA.

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