Governo da Bahia assina termo de parceria para construção de fábrica de insulina em Dias d'Ávila
A fábrica vai gerar emprego para 400 pessoas
Foto: Reprodução / Sesab
O governo do Estado, por meio da Bahiafarma, assinou nesta quinta-feira (24), o termo de parceria com o laboratório ucraniano Indar para a construção da primeira fábrica de insulina do hemisfério Sul, que será localizada em Dias D’Ávila, na Região Metropolitana de Salvador.
A lei que instituiu a Companhia Baiana de Insulina (Bahiainsulina) foi sancionada pelo governador Rui Costa (PT), em agosto. Segundo o diretor-presidente da Bahiafarma, Tiago Moraes, todo o ciclo fabril será realizado em Dias d’Ávila.
“Todo o ciclo fabril será realizado aqui no município, o que envolve a fabricação do insumo farmacêutico ativo da insulina e o envase. É um projeto de três a quatro anos, e pretendemos iniciar a parte de implementação fabril já no início de 2021”, disse Moraes.
A Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) informou que a Bahiafarma é detentora da Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) de insulina humana e tem como desafio tecnológico nacionalizar a produção do insumo. Essa PDP ainda garante que o Ministério da Saúde adquira da Bahiafarma 50% da demanda nacional do Sistema Único de Saúde (SUS).
Na ocasião, o presidente da Indar, Liubov Vishnevska, ressaltou que, além dos impactos positivos na área de saúde, a construção da fábrica representa a geração de até 400 empregos diretos e mil indiretos no município.
“A fábrica será construída em Dias D’Ávila e vai gerar emprego para quase 400 pessoas. Este projeto é muito importante para o desenvolvimento de biotecnologia no Brasil e abastecimento da população brasileira pela insulina. Além disso, a fábrica vai exportar o produto para outros países da América Latina”, afirmou.
O secretário de Saúde do Estado da Bahia, Fábio Vilas-Boas, destacou que a concretização do projeto vai tornar o Brasil um país independente da importação de insulina. “A produção de insulina é uma questão de interesse nacional, porque nós não podemos depender de outros países. É fundamental que o Brasil dê o próximo passo na tecnologia farmacêutica”, disse.