Governo da França anuncia plano para retirar moradores de rua em Paris para Jogos Olímpicos
Prática de 'limpar' cidades também foram utilizadas por outros países
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A mais de 500 dias para os Jogos Olímpicos de Paris 2024, o ministro da Habitação da França, Oliver Kelin, afirmou na quinta-feira (25), que o governo tem um plano de retirar os moradores de rua da cidade-sede do evento.
Segundo ele, os sem-teto serão levado para cidades vizinhas da capital. Mas, a medida foi criticada por prefeitos das cidades e vilas que deverão abrigá-los.
Contudo, apesar da polêmica, essa não é uma prática nova em Olimpíadas. Outras cidades que foram sede, como (2008), Londres (2012) e Rio de Janeiro (2016), também tomaram atitudes semelhantes em relação à população mais pobre do país.
Em Pequim, por exemplo, a estratégia do governo para esconder a pobreza foi a construção de um muro. O "paredão" disfarçava casas antigas minúsculas, além de lojas populares e centros comerciais desgastados.
No Rio de Janeiro, o que chamou atenção foi a adesivagem dos painéis da Linha Vermelha, a principal via de acesso ao aeroporto internacional.
Do outro lado do "muro" fica o Complexo de Favelas da Maré, uma das maiores comunidades do Rio de Janeiro. De acordo com o secretário Antonio Pedro Figueira de Mello, na época, a única função dos adesivos, que faziam alusão aos Jogos, era embelezar a cidade, sem nenhuma intenção de esconder a favela dos olhos dos visitantes que chegavam ao Rio.
Paris 2024
Para a Olimpíada na França, o projeto foi iniciado em março, quando o governo francês solicitou às autoridades que criassem "instalações regionais temporárias de acomodação" para comportar todo o fluxo dos moradores que serão expulsos da capital.