Governo exclui item da MP da vacina que facilitava compra de doses da Pfizer
Brasil depende apenas de imunizantes da CoronaVac e Oxford
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O governo Bolsonaro excluiu um trecho da Medida Provisória 1.026/2021, publicado em 6 de janeiro, que poderia ter facilitado a compra da vacina da Pfizer contra a Covid-19. De acordo com a versão obtida pelo Estadão por meio da Lei de Acesso à Informação, havia um artigo que autorizava a União de assumir a responsabilidade sobre efeitos adversos que os imunizantes pudessem apresentar.
O texto liberava a contratação de um seguro para cobrir os riscos que o governo brasileiros assumiria. Países da Europa e Estados Unidos já firmaram compromissos nesses termos para que a compra do imunizante seja viabilizado, mas o governo Bolsonaro considerou a cláusula "abusiva".
Atualmente, o Brasil depende da vacina CoronaVac, produzido pelo Instituto Butantan, e do imunizante da AstraZeneca/Oxford, produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mas ainda assim não há doses suficientes para vacinar toda a população. De acordo com a previsão do Ministério da Saúde, serão necessárias 350 milhões de doses no total.