Governo federal acompanha denúncia de suposta ligação de funcionário da ONU em ataques a Israel
Por causa das acusações, a UNRWA deixou de receber doações de 10 países
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) anunciou, na quarta-feira (31), que está acompanhando a denúncia feita por Israel sobre o alegado envolvimento de funcionários da Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras para os Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA) em atos terroristas ocorridos no país em 7 de outubro do ano passado.
Como resposta à acusação, os Estados Unidos, Austrália, Canadá, Japão, Finlândia, Reino Unido, Itália, Alemanha, Holanda e Suíça decidiram suspender temporariamente as doações à UNRWA.
Em comunicado, o Itamaraty expressou preocupação com a possibilidade de redução das contribuições, ressaltando que as denúncias não devem comprometer o apoio essencial ao funcionamento da UNRWA. Isso se torna crucial diante do cenário de grave crise humanitária em Gaza e em respeito à recente decisão vinculante da Corte Internacional de Justiça (CIJ) sobre a necessidade de garantir acesso humanitário aos cidadãos de Gaza.
Desde 7 de outubro de 2023, a UNRWA tem prestado assistência a mais de 1,4 milhão de pessoas na Faixa de Gaza. Além disso, 152 funcionários da agência em Gaza foram mortos desde o início da ofensiva militar israelense em resposta aos atos terroristas do Hamas.
O governo brasileiro reiterou o apelo pelo cessar das hostilidades e pela imediata libertação dos reféns nas mãos do Hamas.
"O Brasil mantém seu compromisso com a defesa de um Estado palestino economicamente viável, convivendo lado a lado com Israel em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas, que incluem a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, tendo Jerusalém Oriental como sua capital", declarou o Itamaraty.