Governo federal entregou 17,5% dos leitos de UTI prometidos para enfrentar pandemia

O Ministério da Saúde entregou até 24 de abril 350 do total de 2 mil leitos de UTI prometidos para o enfrentamento da pandemia da Covid-19. O número representa 17,5% do total.

De acordo com dados do governo, 15 estados (Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Paraíba, Piauí, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins) e o Distrito Federal não haviam recebido nenhum leito até o dia 24 de abril.

Os leitos, que seriam específicos para o combate à Covid-19, foram anunciados em 12 de março pelo então secretário-executivo do ministério, João Gabbardo. Contudo, a entrega não atendeu ao crescimento da doença pelo Brasil.

Já outras unidades da federação, como Paraná, Rio Grande do Norte e Santa Catarina, apesar de terem menos da metade dos leitos de cuidados intensivos ocupados, receberam novos leitos do governo federal. Os estados da Bahia, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, com pouco mais de metade dos leitos ocupados, também foram contemplados, assim como Pernambuco e Rio de Janeiro, que tinham taxas de ocupação acima de 70%.

Além dos leitos locados, o governo também prometeu acelerar o processo de habilitação dos leitos de UTI do Sistema Único de Saúde (SUS). Habilitar um leito significa que o hospital detém o direito de cobrar do Ministério da Saúde o valor da diária de internação do paciente. Até a última sexta-feira (24), 1.740 leitos haviam sido habilitados pelo Ministério da Saúde para o combate à pandemia. O governo diz que o investimento é de R$ 255 milhões.