Governo federal estima que 25,8 milhões de trabalhadores terão direito ao abono salarial em 2025
Benefício é gasto obrigatório, ou seja, só pode ser extinto com uma PEC
Foto: Agência Brasil/Antonio Cruz
O Governo Federal estima que cerca de 25,8 milhões de trabalhadores terão direito a receber o abono salarial no próximo ano. O projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025 foi enviado ao Congresso Nacional na última semana.
Esse benefício prevê o pagamento de até um salário mínimo (R$ 1.412) por ano a trabalhadores que recebem, em média, até dois salários mínimos mensais (R$ 2.428). Para receber, o cidadão deve ter trabalhado pelo menos 30 dias no ano anterior e estar cadastrado no Programa de Integração Social (PIS), ou no Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) há pelo menos cinco anos.
Além disso, o benefício é classificado como um gasto obrigatório, o que significa que só pode ser alterado ou extinto mediante Proposta de Emenda Constitucional (PEC). Se o benefício for encerrado, o espaço liberado para outras despesas poderia superar os R$ 300 bilhões em dez anos, já que o valor é corrigido anualmente.
Por essa razão, o abono salarial tem sido alvo de críticas por parte de alguns economistas, devido ao seu alto custo projetado em R$ 30,6 bilhões em 2025, e por não ser direcionado para a parcela mais pobre da população.