Governo federal estuda medidas para aumentar a oferta de itens essenciais da cesta básica
De acordo com o secretário de Comércio Exterior, o Brasil representa cerca de 80% do PIB do Mercosul
Foto: Reprodução/ Agencia Brasil
O governo federal estuda medidas para aumentar a oferta de itens essenciais da cesta básica. Em entrevista ao jornal O GLOBO, o secretário de Comércio Exterior, Lucas Ferraz, disse que uma das saídas em debate na área econômica é a redução das tarifas de importação e outros tributos. "O Ministério da Economia está atento aos impactos da dinâmica inflacionária, sobretudo para as camadas mais pobres da população. É fato que, qualquer processo de redução tarifária, ao tornar mais barato o acesso a bens e insumos internacionais, tende a impactar nos níveis de preços domésticos e, portanto, a aliviar a pressão sobre os mesmos".
Ferraz ressaltou que a questão inflacionária não afeta apenas a economia brasileira: é um problema global, fruto da forte recuperação da economia mundial no cenário pós pandemia, somado à desorganização das cadeias de produção nacionais e internacionais.
Sobre as divergências com a Argentina, ele disse que, desde que foi criada, em 1995, a Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul nunca foi reformada, apesar do forte avanço da globalização nas últimas décadas. Acrescentou que a TEC é, hoje, duas vezes maior que a média internacional e se tornou um fator de perda de produtividade para a economia brasileira.
De acordo com o secretário, o Brasil representa cerca de 80% do Produto Interno Bruto (PIB) do Mercosul. Mas salientou que isso não significa que o país não reconhece a importância da Argentina e do bloco em si, como ferramenta potencial de inserção internacional.