Governo federal quer lançar moeda digital até 2022

Grupo que debate o tema está finalizando pesquisas para viabilizar a criação do novo tipo de dinheiro

Por Da Redação
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Governo federal quer lançar moeda digital até 2022

Foto: Reprodução / Agência Brasil

O Brasil estuda lançar a sua própria moeda digital em 2022, o que para especialistas pode ajudar na recuperação da economia, facilitando o comércio on-line. Em 2020, brasileiros comunicaram à Receita Federal transações no valor de R$ 7,3 bilhões com as chamadas moedas digitais – bitcoin como a mais famosa delas. É a primeira vez que os contribuintes foram obrigados a prestar informações relativas a esse tipo de operação. No total, 115 mil pessoas físicas e três mil pessoas jurídicas deram ciência à Receita sobre o uso de criptoativos. 

O Banco Central (BC) informou ao Metrópoles que um grupo de trabalho intergovernamental está “finalizando o estudo” sobre o tema em suas diversas dimensões. A equipe atua desde agosto, e o primeiro prazo para que apresente a conclusão dos estudos se encerra em fevereiro. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, é um dos maiores entusiastas da medida. Em novembro, ele afirmou que a pandemia do novo coronavírus deve acelerar essa tomada de decisão pelo Brasil.

“A gente vai para um processo de ter uma moeda digital em algum momento. E acredito que esse processo foi acelerado na pandemia pela quantidade de pagamentos a distância e pelas compras on-line”, afirmou. 

Segundo pesquisa da Mastercard e Americas Market Intelligence (AMI), 46% dos brasileiros aumentaram o volume de aquisições pela internet no decorrer da crise sanitária.

Em novembro do ano passado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, adiantou que o “Brasil está à frente de muitos países” nessa corrida para ter uma moeda digital. Os estudos sobre como será a moeda digital brasileira ainda são mantidos em sigilo, mas o BC pontua que o modelo não é o mesmo das criptomoedas, como bitcoin, uma vez que esses ativos não são regulados pela instituição.

Nas criptomoedas, como o bitcoin, por exemplo, não há intermediários na transferência de dinheiro entre pessoas. É um algoritmo que passa o valor de um para o outro. Ou seja, esses recursos não são regulados pelo Banco Central. As operações são realizadas por Exchanges, que funcionam como corretoras, permitindo a compra e venda da moeda virtual entre os usuários, dentre outras transações. 
 

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