Governo gastou mais de R$ 2 milhões com remédios à base de maconha medicinal
Remédios são indicados para problemas de saúde como epilepsias graves, fibromialgias e cânceres
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Entre 2015 e o primeiro semestre deste ano, o Ministério da Saúde dez 120 compras de produtos à base de cannabis, o que custou um total de R$ 2,9 milhões, obedecendo as decisões judiciais. A informação consta de pedido com base na LAI (Lei de Acesso à Informação). As informações são da reportagem da UOL.
Ao todo, já foram produzidos 5.319 produtos, como óleo, líquidos e comprimidos, que são indicados para problemas de saúde como epilepsias graves, fibromialgias e cânceres.
Cerca de 1.680 compras por ordem judicial ocorreram em uma só determinação, atendida em 23 de maio de 2017, quando o ministério comprou um óleo de canabidiol de 50 mg. A aquisição custou R$ 44,6 mil. Porém, o documento não informa o motivo de o paciente ter conseguido o produto.
O Ministério da Saúde informou, por meio de nota, que "com base em consulta aos conselhos de Farmácia, Medicina Neurologia, Neurologia Pediátrica, em análise de pesquisas dos últimos 20 anos, o Ministério da Saúde encontra respaldo científico para o uso do canabidiol, em situações como crise convulsiva reentrante. O uso do THC, no entanto, não possui amparo no meio medicinal".
Os produtos feitos com a planta precisam passar pela Vigilância Sanitária e podem ser vendidos em farmácias, desde que não sejam manipulados. Podem ser utilizados pelas vias oral e nasal, em comprimidos, líquidos, além de óleos.