Governo Lula deve resistir à contraproposta de servidores e negar reajuste salarial em 2024
Equipe econômica quer cumprir a meta de zerar o déficit fiscal
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Foto: Arquivo/Agência Brasil
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não tem o objetivo de ceder o reajuste aos servidores públicos em 2024. Na última semana, entidades que representam os trabalhadores do Poder Executivo federal, que compõem o Fórum Nacional Permanente das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), apresentaram ao governo a contraproposta de reajuste salarial, exigindo correções já neste ano.
No documento enviado ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), as entidades propuseram a recomposição salarial de 9% na primeira parcela, e a segunda e a terceira de 7,5%, respectivamente nos meses de maio de 2024, 2025 e 2026.
Essa contraproposta é uma resposta àquilo que foi apresentado pelo governo federal no fim de 2023. Na prática, a proposta oficial congela os salários dos servidores federais neste ano e promete reajuste apenas em 2025 e 2026, oferecendo aumento apenas em auxílios para 2024.
Segundo a proposta, o auxílio-alimentação será elevado de R$ 658 para R$ 1.000,00; o per capita referente ao auxílio-saúde passará do valor médio de R$ 144,00 para R$ 215,00; e o auxílio-creche irá de R$ 321,00 para R$ 484,90. Isso representa 51,06% de reajuste nos auxílios.
A equipe econômica do governo Lula tem empreendido esforços para cumprir a meta de zerar o déficit fiscal e, por esse motivo, sustentam que não haverá reajuste neste ano.