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Governo Lula e Moraes serão criticados em relatório de direitos humanos dos EUA por suposta perseguição contra Bolsonaro, diz jornal

Documento do governo Trump acusa as autoridades de 'suprimir desproporcionalmente o discurso de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro'

Por Da Redação
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Governo Lula e Moraes serão criticados em relatório de direitos humanos dos EUA por suposta perseguição contra Bolsonaro, diz jornal

Foto: Divulgação | Ricardo Stuckert/PR | Rosinei Coutinho/SCO/STF | Reprodução/Redes Sociais

O jornal norte-americano "The Washington Post" divulgou trechos do relatório anual de direitos humanos do Departamento de Estado dos Estados Unidos, os quais mostram que o documento, preparado pela gestão Trump, deve criticar o governo brasileiro e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. 

O relatório deve ser apresentado ao Congresso dos EUA nesta terça-feira (12), e cita os brasileiros por uma suposta perseguição ao ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL), réu por tentiva de golpe de Estado, e seus aliados.

Segundo o jornal, "no rascunho do relatório sobre o Brasil, o Departamento de Estado acusou o governo de esquerda do país de 'suprimir desproporcionalmente o discurso de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro', acusado de tentar se manter no poder por meio de um golpe violento".

"O relatório menciona especificamente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal", prossegue a reportagem, "afirmando que ele 'determinou pessoalmente a suspensão de mais de 100 perfis de usuários na plataforma de mídia social X (antigo Twitter)', de uma forma que impactou os apoiadores de Bolsonaro na extrema direita."

Moraes foi sancionado pela Lei Magnitsky no dia 30 de julho. A medida impõe sanções econômicas a estrangeiros acusados pela Casa Branca de violações graves contra os direitos humanos. 

No relatório de 2024, produzido pela gestão do democrata Joe Biden e relativo aos acontecimentos de 2023 ou anteriores, as eleições presidenciais brasileiras foram amplamente consideradas justas e livres de abusos ou irregularidades.

O relatório mencionou pontos de atenção em relação ao processo eleitoral no Brasil e citou especificamente  o aumento nas inspeções da Polícia Rodoviária Federal em ônibus públicos no Nordeste nas eleições presidenciais de 2022. O movimento que supostamente visava dissuadir o voto em uma região com maior presença de eleitores de Lula, é investigado no processo em que Bolsonaro é réu.

Trump já afirmou diversas vezes que vê os processos movidos contra Bolsonaro como uma "caça às bruxas", inclusive na carta em que anunciou as tarifas de 50% aos produtos brasileiros. 

A relação da família Bolsonaro com o governo Trump tem se tornado cada vez mais próxima. O filho de Bolsonaro, deputado licenciado Eduardo Bolsonaro, está nos EUA desde o mês de maio e é investigado por buscar interferência do governo Trump nos processos que envolvem o pai e aliados.

Devido as negociações e ataques às autoridades brasileiras, Bolsonaro é alvo de outro inquérito sobre evidências de tentativa de atrapalhar o andamento da ação que investiga o golpe. Devido isso, ele passou a utilizar tornozeleira eletrônica.

“A permanente intenção criminosa é tão patente e escancarada que, após a apresentação das alegações finais pela Procuradoria-Geral da República na AP 2668, as ameaças ao Chefe do Ministério Público foram significativamente ampliadas, inclusive com pedidos para atuação do governo norte-americano”, escreveu Moraes.

Atualmente Bolsonaro cumpre prisão domiciliar por descumprir medidas restritivas determinadas junto com o uso da tornozeleira.

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