Governo Lula impõe sigilo de 100 anos a mais 1.00 pedidos via LAI
Em comparação com 2022, último ano do mandato de Jair Bolsonaro, a gestão do petista negou sete pedidos a mais do que o antecessor
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil/Arquivo
Ao longo de 2023, o governo Luiz Inácio Luiz Inácio Lula da Silva negou 1.339 pedidos de informações sob a justificativa de conter dados pessoais. Na prática, a decisão impõe um sigilo de 100 anos sobre os documentos solicitados. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo.
Em comparação com 2022, último ano do mandato de Jair Bolsonaro, o governo Lula negou sete pedidos a mais do que o antecessor, que rejeitou 1.332 documentos, alegando ter informações pessoais.
Entre as informações colocadas em sigilo de cem ano pela gestão do petista estão a agenda da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja; textos entre diplomatas sobre o ex-jogador de futebol Robson de Souza, o Robinho, de 40 anos, condenado por estupro coletivo; e a lista dos militares do Batalhão de Guarda Presidencial que estavam de plantão durante o ataque à Praça dos Três Poderes no dia 8 de janeiro de 2023.
O pico de pedidos rejeitados por conter informações pessoais ocorreu em 2013, durante o governo da então presidente Dilma Rousseff. Naquele ano, foram concedidas 3.732 negativas desse tipo, de acordo com a série histórica disponibilizada pela Controladoria-Geral da União (CGU).
Ao Estadão, a CGU afirmou que o governo de Jair Bolsonaro usava o sigilo de 100 anos “indevidamente” e destacou uma queda de 15% em relação a 2022, levando em consideração o número de pedidos feitos.
Além disso, o órgão reforçou que há razões legítimas para que o segredo seja empregado, a depender do caso.