Governo Lula não assina declaração da ONU contra Daniel Ortega
Presidente da Nicarágua prendeu opositores antes que a população fosse às urnas nas eleições de 2021
Foto: Agência Brasil | Divulgação/Presidência da Nicarágua
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) permaneceu em silêncio na sexta-feira (3), durante reunião do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), sobre a situação dos direitos humanos na Nicarágua e as ações autoritárias e violentas do presidente Daniel Ortega.
Um grupo de especialistas da ONU afirmou que o governo nicaraguense cometeu violações sistemáticas dos direitos humanos, as quais constituem “crimes contra a humanidade”. No poder desde 2007, Ortega mandou prender sete de seus opositores antes que a população fosse às urnas, eliminando candidatos que pudessem ameaçar sua vitória.
Lula conhece Ortega de longas datas. Durante os primeiros mandatos, o petista se encontrou diversas vezes com o presidente nicaraguense para debater, por exemplo, integração regional.
Durante o encontro da ONU, no diálogo interativo, se manifestaram União Europeia, Canadá — em nome de um grupo de 53 países —, França, Estados Unidos, Equador, Argentina, China, República Popular Democrática da Coreia, Peru, Venezuela, Uruguai, Reino Unido, Alemanha, Espanha, Geórgia, Chile, Belarus Iêmen, Síria, Arábia Saudita, Sri Lanka, Irã, Federação Russa, Cuba, Eritreia e Malawi.
No segmento geral, outros cinco nações se pronunciaram, incluindo Israel, Líbia e Somália. Organizações não-governamentais e representantes da sociedade civil também tiveram tempo de fala.
