Governo prevê crescimento da economia de 2,6% em 2026
Haddad acredita que o Brasil "tem todas as condições de crescer 3%” até o final do ano que vem

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O Ministério da Fazenda revisou as previsões para a expansão da economia em 2025, elevando a estimativa de 2,3% para 2,4%. Para 2026, é esperado um crescimento de 2,6%. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (19) no Boletim Macrofiscal e foram estimados pela Secretaria de Política Econômica (SPE).
A revisão está relacionada à expectativa de um maior crescimento no primeiro trimestre de 2025 e ao desempenho da produção agropecuária, que pode alcançar um recorde de colheita ainda este ano, conforme o boletim.
A publicação também aponta que, no Brasil, a expectativa é de que o PIB cresça 1,6% no primeiro trimestre. Apesar da moderação no ritmo de expansão de setores cíclicos e da redução dos estímulos vindos do mercado de trabalho e do crédito, a perspectiva é de aceleração do crescimento do PIB na margem, impulsionada principalmente pelo forte desempenho esperado da produção agropecuária.
No entanto, apesar da perspectiva de crescimento econômico, a SPE projeta uma desaceleração do Produto Interno Bruto no segundo semestre de 2025. Isso se deve à menor alta projetada para o PIB de serviços, estimada em 2,4% no primeiro trimestre deste ano, em comparação ao aumento de 3,4% registrado no trimestre anterior, segundo o boletim.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), vem afirmando que o Brasil tem "todas as condições de crescer 3%" até o final do próximo ano.
“Podemos concluir os quatro anos do mandato do presidente Lula com uma taxa média de crescimento de 3%. Penso que este ano, mesmo com os juros altos, vamos crescer algo em torno de 2,5%”, declarou o ministro em entrevista ao UOL na semana passada. O Brasil registrou crescimento de 3,2% em 2022 e de 3,4% em 2023, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No Boletim Focus do Banco Central, também publicado nesta segunda-feira, os analistas de mercado ouvidos pela autarquia projetam um crescimento de 2,02% para este ano. Para 2026, a previsão é de uma expansão mais modesta, de 1,70%.
Quanto à inflação, a estimativa do governo para 2024 foi revisada de 4,9% para 5% neste mês de maio.
Segundo a SPE, essa alteração reflete “pequenas surpresas” no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março, além de “alterações marginais” nas previsões para os meses seguintes.
“No cenário considerado, a redução da inflação deve ser observada de forma mais consistente apenas a partir de setembro”, informa o texto.