Governo prevê liberar R$ 12 bi do FGTS com mudança no saque-aniversário

A medida dever beneficiar 12 milhões de trabalhadores.

Por FolhaPress
Ás

Atualizado
Governo prevê liberar R$ 12 bi do FGTS com mudança no saque-aniversário

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Arquivo

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prevê a liberação de R$ 12 bilhões para o trabalhador que foi demitido e não conseguiu acessar os recursos na rescisão por ter optado pelo saque-aniversário.

O pagamento começará de imediato, mas haverá um escalonamento: cerca de metade do valor será pago agora e a outra metade em um prazo que está em discussão dentro do governo. A expectativa é que todo o dinheiro seja repassado no prazo de 120 dias.

O cálculo da liberação do FGTS foi apresentado em reunião sobre a medida que ocorreu na sexta-feira (21), no Palácio do Planalto, de acordo com pessoas que participaram das discussões.

A medida dever beneficiar 12 milhões de trabalhadores.

Como antecipou a Folha de S.Paulo, os recursos do FGTS  serão liberados para o trabalhador que foi demitido e não conseguiu acessar os recursos na rescisão por ter optado pelo saque-aniversário.

O anúncio está previsto para esta terça-feira (25) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva com presidentes de centrais sindicais. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou a medida após participar de evento em São Paulo na segunda-feira (24). Uma medida provisória será editada pelo governo.

O volume de recursos que serão injetados na economia pela medida está sendo acompanhado com lupa pelos analistas do mercado financeiro. A preocupação é que a medida alimente a atividade econômica num momento em que o Banco Central atua para combater a inflação com a alta dos juros.

Para um integrante do governo, que participou da discussões da medida, a crítica do mercado não faz sentido. A avaliação é que o efeito macroeconômico tende a ser zero com a liberação de apenas 0,05% do PIB (Produto Interno Bruto).

O auxiliar do presidente Lula critica o mercado e diz que há uma tentativa de amarrar as duas mãos do governo neste terceiro ano do seu mandato.
 

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