Greve de caminhoneiros na Argentina paralisa exportação de alimentos
Os trabalhadores pedem melhores taxas em meio ao aumento do preço do diesel
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A greve dos caminhoneiros de cereais e derivados na Argentina paralisou as exportações de alimentos, segundo alertaram as fontes agrícolas. Os trabalhadores pedem melhores taxas em meio ao aumento do preço do diesel. O comunicado foi feito pelo presidente da Câmara do Centro da Indústria do Petróleo e Exportadores de Cereais, Gustavo Idígoras. "Todo o complexo agroexportador está paralisado. A economia argentina não pode arcar com esses luxos", disse.
Milhares de caminhões deixaram de transitar ou estacionar às margens das estradas na Argentina, que é o maior exportador mundial de farinha e óleo de solja, além de ser um dos primeiros em vendas externas de trigo, soja e milho.
De acordo com a Federação de Transportadores Argentinos (Fetra), organizadora da greve, as "entidades agrícolas negam o preço real do diesel que os transportadores estão pagando".
“A greve causa prejuízos de cerca de 100 milhões de dólares (R$ 470 milhões) por dia, cerca de 200 toneladas que não são descarregadas nos terminais portuários. Temos 50 navios esperando”, disse Idígoras.
O empresário ainda admitiu que não há diesel suficiente para tratores e colheitadeiras. Diariamente entre 3 e 4 mil entram nos terminais, mas apenas uma dúzia está estrando, segundo revelou.