Greve dos petroleiros é considera ilegal por ministro do TST
Petroleiros declararam que a greve continua e que vão recorrer da decisão
Foto: Reprodução / Agência Brasil
O ministro Ives Gandra Martins Filho, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), decidiu nesta segunda-feira (17) considerar ilegal a greve dos petroleiros da Petrobras, iniciada há 17 dias. Cabe recurso contra a decisão. A previsão é de que o dissídio coletivo seja julgado pelo TST no dia 9 de março.
Na decisão liminar, o ministro também autorizou a estatal a impor sanções disciplinares contra os grevistas, entre elas, corte de salário e demissão por justa causa como forma de garantir o cumprimento do efetivo de 90% dos petroleiros trabalhando para não interromper a produção da Petrobras.
Ives Gandra Filho entendeu que a greve é abusiva porque não foram cumpridas diversas determinações de outras liminares concedidas à empresa para garantir as atividades.
A greve foi deflagrada para protestar contra as demissões que devem ocorrer na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR), que deve ser fechada pela Petrobras. Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a suspensão das atividades vai provocar a demissão de mil trabalhadores. De acordo com a FUP, o acordo coletivo de trabalho não está sendo respeitado pela estatal.
Petroleiros continuam em greve
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) afirmou nesta terça-feira (18) que irá recorrer da decisão do ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), e que a greve da categoria será mantida.
Segundo a FUP, a greve entra em seu 18º dia, com o protesto atingindo 120 unidades e adesão de mais de 21 mil trabalhadores. "Qualquer decisão sobre a greve será deliberada coletivamente em assembleias, previamente convocadas pela FUP e seus sindicatos", acrescentou.