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Greve geral é anunciada no Chile mesmo após presidente tentar conciliação

Os aumentos abusivos são os principais motivos da reivindicação

Por Da Redação
Ás

Greve geral é anunciada no Chile mesmo após presidente tentar conciliação

Foto: Reprodução

Os sindicatos que fazem parte dos movimentos sociais, além de trabalhadores e estudantes Chilenos convocaram uma greve geral para quarta (23) e quinta-feira (24) – eles ameaçam aprofundar os protestos que acontecem no Chile há seis dias.

De acordo com a reportagem do grupo G1, as manifestações foram anunciadas  mesmo após o presidente Sebastián Piñera ter pedido desculpas e proposto medidas para tentar conter o conflito social.  

Os organizadores criticaram a decisão do presidente de colocar o país em estado de emergência e ordenar toque de recolher às Forças Armadas para controlar as manifestações, incêndios e saques registrados em Santiago, além de dezenas de cidades.

Ainda de acordo com a reportagem, os protestos que aconteceram em uma das mais graves onda de violência no Chile, que durou três décadas, deixaram 15 mortos,  incluindo um peruano e um equatoriano. 

Em Santiago, os sindicalistas pretendem se reunir na Praça Itália, epicentro dos protestos. Trabalhadores da área de saúde também devem se unir ao protesto, enquanto os funcionários dos portos pretendem paralisar as cidades costeiras do país.

O papa Francisco expressou sua preocupação com a situação no Chile, onde visitou em janeiro de 2018, e fez um apelo nesta quarta-feira (23) por diálogo, ao fim da audiência geral na Praça de São Pedro.

Medidas

Dentre as medidas anunciadas pelo presidente Sebastián são destacadas: Aumento de até 20% nas aposentadorias de alguns grupos; Criação de seguro contra catástrofes, caso os gastos de saúde superem o teto – medida a ser apreciada pelo Congresso; Estabilização das tarifas de eletricidade, com anulação do recente aumento de 9,2%; Ajuda mínima de 350 mil pesos chilenos (cerca de R$ 1,97 mil) para trabalhadores com jornada completa que tenham salário inferior a esse valor; Aumento nos impostos a pessoas com renda superior a 8 milhões de pesos chilenos (cerca de R$ 44 mil); Redução nos salários de parlamentares e funcionários da administração pública e Redução no número de parlamentares e limite ao número de reeleições foram as de maior ênfase destacadas pelos manifestantes.

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