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Política

Grupo de rebeldes da base aliada traz risco à aprovação do reajuste linear para servidores estaduais

Deputados estaduais insatifeitos com o governo, maioria do PSD, ameaça esvaziar votação a proposta na sesão da Assembleia desta terça-feira (28)

Por Da Redação
Ás

Grupo de rebeldes da base aliada traz risco à aprovação do reajuste linear para servidores estaduais

Foto: Carlos Amilton/Agência Alba

Parlamentares aliados ao governo Jerônimo Rodrigues (PT) na Assembleia Legislativa esperam dificuldades para consolidar a aprovação do reajuste linear dos servidores na sessão desta terça-feira (28). A informação foi divulgada pelo jornalista Jairo Costa Júnior, na coluna Metropolítica, no site Metro 1.

A principal delas é garantir quórum mínimo de 32 deputados presentes no plenário da Casa, diante dos sinais de boicote por parte de um grupo de ao menos 12 deputados da base insatisfeitos com o Palácio de Ondina. Sobretudo, a bancada do PSD, que divide com a do PT o posto de maior da Casa, com nove integrantes, e já avisou à articulação política do governador de que a tendência é manter o time fora de campo.   

Embora os motivos para o ensaio de rebelião do partido venham sendo tratados até o momento com o máximo de sigilo, a lista de hipóteses que circula na Assembleia é grande. Inclui falta de pagamentos de emendas, reação ao patrocínio do governo para impulsionar o Avante na Bahia e demora nos repasses para convênios firmados pela Conder às vésperas da sucessão de 2022 em redutos eleitorais de parlamentares da sigla. Há quem diga que o levante é resultado de todas as alternativas acima. Fora a bancada do PSD, a tropa rebelde abriga também deputados do PP e PV. 

Como tem teto de 42 parlamentares contra 20 da oposição, o governo não conseguirá sustentar o quórum caso o boicote dos 12 rebeldes seja levado adiante. Ao longo da segunda-feira (27), o líder da base aliada, Rosemberg Pinto (PT), concentrou esforços na tentativa de pacificar os insatisfeitos e mobilizar a bancada governista para a sessão desta terça, quando deve ser votado, além do reajuste dos servidores, um pacote de projetos do Executivo. Entre os quais, o do empréstimo de cerca de R$ 2 bilhões junto ao Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird).

Se a ausência for apenas dos nove deputados do PSD, o governo pretende recorrer aos mais leais aliados do deputado federal Elmar Nascimento (União Brasil). Ou seja, Marcinho Oliveira e Júnior Nascimento. Ambos pertencem à mesma sigla do padrinho político, empenhado em auxiliar os próprios adversários para conquistar a simpatia do PT baiano na disputa pela presidência da Câmara em 2025.

Se a ausência for apenas dos nove deputados do PSD, o governo pretende recorrer aos mais leais aliados do deputado federal Elmar Nascimento (União Brasil). Ou seja, Marcinho Oliveira e Júnior Nascimento. Ambos pertencem à mesma sigla do padrinho político, empenhado em auxiliar os próprios adversários para conquistar a simpatia do PT baiano na disputa pela presidência da Câmara em 2025.

O segundo desafio no caminho do reajuste proposto por Jerônimo é a disposição dos sindicatos e lideranças de entidades de classe em derrotar o governo e conquistar um reajuste maior. O Executivo ofereceu 4%, sendo 2% retroativos a 1º de maio e o restante a partir de setembro. Os servidores exigem no mínimo 10% de uma só vez, com validade desde a data-base da categoria, em janeiro.

Nos últimos dias, houve forte movimentação de dirigentes sindicais para vitaminar o protesto marcado para esta terça na Assembleia e emperrar a votação. Inclusive, com disseminação de cards fakes sobre a análise de mudanças na tabela do Planserv e centralização de atendimento no Hospital Evangélico durante a sessão.

Caciques da oposição aconselharam coordenadores da pré-campanha do prefeito Bruno Reis (União Brasil) a implodir com rapidez o clima de já ganhou entre aliados do Palácio Thomé de Souza. Argumentaram que a mobilização das siglas que compõem o arco do PT em torno da candidatura do vice-governador Geraldo Jr. (MDB) cresceu exponencialmente desde a reunião realizada pela aliança governista na quinta-feira passada (23). 

O que, destacaram, pode mudar pelo avesso o panorama atual. Para completar, lembraram que, no rol de fatores considerados cruciais para a derrota do ex-prefeito ACM Neto na batalha pelo governo em 2022, o tamanho do salto alto tem lugar de destaque.

Em sabatina realizada pela Rádio Metropole no fim da tarde de segunda-feira (27), o vereador Arnando Lessa (PT) apresentou um dado curioso sobre os leilões de áreas públicas pela prefeitura de Salvador nos últimos 12 anos. De acordo com o petista, que assegurou ter passado uma lupa detalhada em arquivos oficiais, os terrenos desafetados pelas gestões de Mário Kertész, Fernando José, Lídice da Mata, Antonio Imbassahy e João Henrique somam, ao todo, aproximadamente 600 mil m². Sob comando de ACM Neto e Bruno Reis, disse Lessa, o Município liberou a alienação de mais de 700 mil m².

Segundo sabatinado na terceira rodada da série Conheça seu Vereador, lançada pela Metropole no último dia 13, Antonio Carolino (DC) jurou de pé junto desconhecer as razões pelas quais foi chamado de "ingrato" por seu padrinho político, o deputado federal Bacelar (PV). 

Braço-direito e assessor do parlamentar por mais de duas décadas, Carolino cortou os laços com o mentor no rastro da adesão do Podemos, então controlado por Bacelar, à bancada do prefeito Bruno Reis (União Brasil) na Câmara de Vereadores da capital.       

O Tribunal de Contas da União (TCU) condenou o ex-prefeito de Juazeiro Paulo Bomfim a ressarcir os cofres do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) em R$ 148,6 mil, fora juros e correção monetária, por irregularidades envolvendo verbas federais destinadas à merenda escolar na rede municipal de ensino em 2017. 

Na decisão, o TCU impôs ainda multa de R$ 20 mil ao político e determinou a remessa dos autos ao Ministério Público Federal da Bahia para a eventual abertura de ação por improbidade administrativa. Antes do TCU, Bomfim havia sido punido nas urnas. Eleito em 2016 pelo PCdoB, Bomfim teve uma gestão mal avaliada, perdeu a reeleição e abriu espaço para que a oposição retomasse o controle da sexta maior cidade do interior do estado.

Apoiadores do prefeito de Itabuna, Augusto Castro (PSD), não escondem a preocupação com o avanço do deputado estadual Fabrício Dias Nunes, o Pancadinha, pré-candidato do Solidariedade. De acordo com membros do conselho político de Castro, o crescimento foi detectado tanto em pesquisas para consumo interno quanto em levantamentos divulgados com autorização da Justiça Eleitoral. 

Em todas, o parlamentar aparece à frente do prefeito ou empatado com ele dentro da margem de erro. Bastante popular na numerosa periferia de Itabuna, Pancadinha virou o mais duro obstáculo para que Castro quebre um tabu histórico e se torne o primeiro governante reeleito em Itabuna.  

O secretário nacional de Patrimônio da União, Lucio Geraldo de Andrade, autorizou a alienação de três terrenos de Marinha situados na zona urbana de Ituberá, cidade localizada na Costa do Dendê, para regularização fundiária de interesse social de quase mil famílias de baixa renda que residem no loteamento Prainha II, às margens da foz do Rio da Mariana. 

A área de mais de 190 mil m², avaliada em R$ 12,2 milhões, está no radar de grupos criminosos interessados em tomar na marra a posse de imóveis na região. A iniciativa do órgão, ligado ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, deve frear a sanha das quadrilhas.

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