Grupo é preso por esquema criminoso de fraude em comercialização de mercadorias em Feira de Santana
Vítimas realizavam pagamentos pelas mercadorias, mas eram bloqueadas e não recebiam produtos

Foto: Divulgação/Polícia Civil
Cinco pessoas foram presas, na manhã de segunda-feira (21), no município de baiano de Feira de Santana, apontados como integrantes de um esquema criminoso onde fraudavam o envio de mercadorias anunciadas nas redes sociais. Entre os presos está um casal, apontado como líder do esquema, que operava um "call center" em um apartamento de luxo no bairro Kalilândia.
Segundo investigações da operação, denominada "Tio Patinhas", o grupo utilizava as redes sociais para anunciar produtos falsificados de marcas famosas, como joias, roupas e perfumes. As negociações seriam feitas principalmente em vendas no atacado para lojistas e microempreendedores.
Após receber o pagamento pelos produtos, os criminosos bloqueavam o contato das vítimas e não realizavam o envio das mercadorias.
As investigações ainda indicam que o grupo atua com o esquema desde 2021, e já fez centenas de vítimas em diversos estados brasileiros, como Rio de Janeiro, São Paulo, Alagoas, Rio Grande do Norte, Sergipe, Pernambuco e vários municípios baianos.
Segundo a polícia, não foram identificados registros de boletins de ocorrência em Feira de Santana, pois o grupo optava por não aplicar os golpes contra as pessoas da própria cidade.
A Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos monitorava as movimentações suspeitas na região, e cumpriram mandados de busca e apreensão no apartamento, em Kalilândia, em um condomínio no bairro SIM, e em um imóvel no bairro Rocinha, ambos ligados aos criminosos.
No apartamento utilizado como escritório, a polícia encontrou dezenas de caixas lacradas com etiquetas de envio, todas vazias, que seriam utilizadas para fingir o envio das mercadorias e comprovar a legitimidade do negócio.
Foram apreendidos na operação, um veículo Land Rover Evoque, um HB20, além de joias, perfumes e relógios falsificados. Os veículos passarão por perícia para identificar possível adulteração. Os suspeitos seguem custodiados e à disposição da Justiça.