Grupo IVI tem três trabalhos premiados no congresso da Sociedade para Pesquisa Reprodutiva nos Estados Unidos
Aos detalhes...
O Grupo IVI teve três trabalhos premiados pela comissão científica do congresso da Sociedade para Pesquisa Reprodutiva (Society for Reproductive Research - SRI) pelas suas significativas contribuições para o campo reprodutivo. As premiações ocorreram em Denver, nos Estados Unidos, nesta última semana, durante a 69ª edição do congresso da SRI. O encontro, onde pesquisadores de todo o mundo se reuniram para compartilhar os últimos avanços na área de reprodução assistida, teve nesta edição 21 trabalhos apresentados pelo IVI.
“Nossa maior motivação para a pesquisa é fazer descobertas que nos permitam alcançar os melhores resultados para oferecer aos pacientes as maiores garantias em seus tratamentos de reprodução assistida. E que isso seja valorizado nos congressos científicos em que participamos, que nosso trabalho e contribuições para a prática clínica em nosso setor sejam reconhecidos todos os anos, é um verdadeiro orgulho para nós”, comenta o Dr. Nicolás Garrido, diretor da Fundação IVI.
Um dos estudos premiados tem como tema a função ovariana e a possível melhoria da capacidade reprodutiva; a partir de técnicas como a injeção intraovárica de plasma rico em plaquetas (PRP) e a injeção intraovárica de um plasma enriquecido tanto em fatores secretados por células-tronco da medula óssea quanto em plaquetas. Esse estudo foi coordenado pela Dra. Sonia Herraiz, pesquisadora da Fundação IVI.
Os resultados são promissores, pois mostram que a injeção da combinação dos fatores celular e plaquetário melhora o desenvolvimento dos folículos, pois regenera a vascularização ovariana, o que permite a recuperação de mais oócitos e embriões de maior qualidade, após estimulação ovariana. Outro dos trabalhos premiados pelo SRI descreve, pela primeira vez, o comportamento de um receptor de progesterona não clássico (PGRMC2) na implantação embrionária.
“Uma das principais causas da infertilidade feminina é a falha de implantação, cujo processo atualmente não é bem compreendido. Para que ocorra a implantação adequada do embrião, o endométrio humano deve criar um estado receptivo em resposta a hormônios como a progesterona. A análise deste receptor hormonal pouco conhecido (PGRMC2) permitirá melhorar as taxas de fertilidade em mulheres inférteis e desenvolver novas técnicas para melhorar a implantação embrionária ", destaca o Dr. Francisco Domínguez, investigador da Fundação IVI e coordenador deste estudo.
O terceiro estudo liderado pelo IVI que foi reconhecido por este congresso analisa, pela primeira vez em humanos, o desenvolvimento embrionário inicial no nível transcriptômico de embriões humanos uniparentais haploides. “Até o momento, o desenvolvimento inicial do embrião continua sendo um campo no qual não conhecemos muitos processos e/ou fatores que determinam a viabilidade futura do embrião e que podem ser fundamentais para uma melhor compreensão desse estágio embrionário inicial. Estudos como este nos permitem avançar e focar a luz para otimizar os resultados reprodutivos das pacientes”, conclui o Dr. Domínguez.