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Guerra: 7,8 milhões de pessoas devem ser afetadas pela insegurança alimentar

Relatório da CEPAL aponta os principais impactos da guerra entre Rússia e Ucrânia na América Latina e Caribe

Por Da Redação
Ás

Guerra: 7,8 milhões de pessoas devem ser afetadas pela insegurança alimentar

Foto: Agência Brasil

O conflito entre Rússia e Ucrânia já somam 100 dias, enquanto nações assistem cada vez menos ilesas às consequências econômicas, políticas e sociais. Um relatório da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) apresentou um relatório no qual se analisam os impactos da guerra para essas regiões, sendo a insegurança alimentar um dos principais focos de atenção e combate.

O aumento da inflação e a lenta recuperação dos mercados de trabalho somados ao aumento no preço dos alimentos, combustíveis e escassez de fertilizantes provocados pela eclosão do conflito contribuem para aumentar os níveis de pobreza e extrema pobreza. Com isso, 7,8 milhões de pessoas se somariam aos 86,4 milhões cuja segurança alimentar já está em risco. De acordo com o relatório, A incidência da pobreza na região alcançaria 33,7% (1,6 pontos percentuais a mais do que o valor projetado para 2021), enquanto a extrema pobreza alcançaria um 14,9% (1,1 pontos percentuais a mais do que em 2021). Esse resultado reflete o forte aumento do preço dos alimentos.

De imediato, é necessário sustentar o bem-estar dos setores mais pobres, alerta o organismo, e a segurança alimentar deve ser uma prioridade. Não se deve restringir o comércio de alimentos e fertilizantes, que aceleraria a inflação e seria mais danoso para os mais pobres. Também devem-se considerar ações como manter ou aumentar os subsídios aos alimentos, implementar acordos de contenção de preços da cesta básica com produtores e cadeias de comercialização, e reduzir ou eliminar tarifas à importação de grãos e outros produtos básicos.

A médio prazo, são necessárias políticas agrícolas e industriais que fortaleçam o apoio à produção agropecuária, assim como aumentar a eficiência no uso de fertilizantes, priorizando os biofertilizantes. A política industrial é chave para reduzir a dependência da importação de fertilizantes no médio prazo.

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