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Coronavírus

‘Há mais ou menos um mês temos uma queda muito importante na taxa de ocupação dos leitos de Covid-19’, diz diretora do Couto Maia

A médica infectologista afirma que a unidade referência no tratamento de Covid-19 já abriu leitos para cuidar de pacientes com outras doenças

Por Da Redação
Ás

‘Há mais ou menos um mês temos uma queda muito importante na taxa de ocupação dos leitos de Covid-19’, diz diretora do Couto Maia

Foto: Reprodução

Em entrevista a uma rádio de Salvador, na manhã desta terça-feira (6), a médica Infectologista e diretora do Instituto Couto Maia, Ceuci Nunes, falou sobre o avanço de pesquisas e a redução das taxas de ocupação da unidade em meio à pandemia de coronavírus. 

O centro médico é referência no tratamento de doenças infectocontagiosas no país. Ceuci Nunes afirmou que alguns dos leitos para pacientes sem Covid-19 já estão disponíveis.

"Há mais ou menos um mês temos uma queda muito importante na taxa de ocupação dos leitos de Covid. Já abrimos poucos leitos que eram do perfil antigo do hospital, de doenças infectocontagiosas que não se consegue assistência ideal nas outras unidades. As mortes reduziram muito, também porque reduzimos o número de pacientes com Covid internados. Ainda temos em torno de 50 a 60 pacientes com Covid internados ", declarou a infectologista.

A infectologista disse ainda que houve um avanço muito grande nas pesquisas e na busca por medicamentos eficazes contra a infecção por coronavírus. 

"Quem teve Covid no início, teve muito mais possibilidade de ter quadro grave e morrer do que agora. Aprendemos muito com a experiência de outros países e a experiência de cada serviço. A terapêutica evoluiu e passou a ser menos invasiva. Há uma coisa interessante que é a hipoxemia feliz. A pessoa tem um nível de oxigenação muito baixo e não tem nenhuma demonstração clínica disso. Só percebe quando mede através da oximetria. Essas pessoas toleram um pouco mais do que os pacientes com infecção pulmonar grave de outras etiologias a baixa de oxigênio", declarou a especialista.

De acordo com a diretora, o Couto Maia participa de uma das pesquisas da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a eficácia de medicamentos contra a doença. Ceuci Nunes ressaltou que diversos deles já foram descartados por não serem úteis contra a Covid-19. 

"Quando viu que a cloroquina não fazia nenhum efeito, lopinavir-ritonavir não fazia nenhum efeito, eles foram retirando essas drogas do estudo. O que a gente vem usando agora é o redemsivir, que é uma medicação do tipo viral e tem uma perspectiva, mas não é uma coisa definitiva, e temos usado também o Interferon. Existem outras medicações também que foram inseridas em nossa terapêutica", declarou. 

A médica infectologista reforçou ainda a necessidade de se manter os cuidados e permanecer alerta contra uma segunda onda de contágio da doença. "A gente sabe que a pandemia não vai desaparecer. É bom lembrar que a pandemia de H1N1 foi decretada e a OMS só disse que acabou a pandemia um ano e meio depois ou mais. A gente vai ter casos, a segunda onda que é esperada. Vai acontecer aqui como aconteceu em todos os países, claro que com menos internamentos e casos graves. Mas vão ter casos residuais de Covid que a gente vai ter que estar preparado para acolher e internar", concluiu.
 

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