Haddad critica 1% da população que fez "inferno na internet" após aumento do IOF

Em entrevista, o ministro da Fazenda ainda afirmou que "esse 1% não quer pagar nem o que os 99% pagam"

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Haddad critica 1% da população que fez "inferno na internet" após aumento do IOF

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou a parcela da população que foi à internet reclamar do aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF). Em entrevista ao Metrópoles nesta terça-feira (8), ele afirmou que se trata de apenas "1% da população".

"Não é razoável que 1% da população faça esse inferno na internet dizendo que estamos colocando o ‘nós contra eles’. Nós quem? 99% contra 1%. E contra por quê? Se eles não pagam o que nós pagamos? Se eles pagassem o que nós pagamos, 99%, estava de boa. Mas esse 1% não quer pagar nem o que os 99% pagam", declarou o ministro.

Haddad ainda defendeu o aumento do IOF, reforçando que as mudanças no imposto não visam atingir "quem já paga". O decreto que elevava as taxas foi derrubado no último dia 25 de junho, após o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 214/2025 ser aprovado na Câmara dos Deputados.

"A pessoa que paga no cartão de crédito, paga IOF. Sempre pagou. E inventaram uma forma de driblar o IOF câmbio. A gente fechou. Não pode isso aqui. Todo mundo tem que pagar igual. A questão do risco sacado, é uma operação de crédito. Todo mundo sabe disso. Inventaram um jeito de falar que ‘não é bem uma operação de crédito’, para não pagar IOF. Fechamos a porta. Usar VGBL para diferir pagamento de imposto de renda. Não tem nada a ver com previdência. Tem a ver com a pessoa não querer pagar imposto de renda e diferir no tempo. Até um determinado limite é muito bom para o trabalhador, para as famílias. A partir de um determinado limite, é planejamento tributário", declarou.

O ministro ainda relembrou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), durante seu mandato, elevou o IOF para operações de crédito de pessoas físicas. "O Bolsonaro, esse sim, aumentou IOF da pessoa física. Operação de crédito para pessoa física nós não mexemos", pontuou.

Veja declaração:

 

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