Haddad diz que ampliação da faixa de isenção do IR custará R$ 27 bilhões em 2026
Segundo o ministro da Fazenda, os descontos no imposto não sofrerão alterações

Foto: Agência Brasil/Antonio Cruz
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou que a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) custará cerca de R$ 27 bilhões em 2026. Segundo ele, esse valor corresponde à arrecadação que o governo deixará de obter para beneficiar quem ganha acima de dois salários mínimos no próximo ano.
Os descontos no Imposto de Renda não sofrerão alterações. Inicialmente, a equipe econômica estimava um impacto de R$ 32 bilhões no próximo ano, mas o valor foi recalculado.
Isso porque o governo pretende elevar a isenção do IR ainda em 2024, passando dos atuais R$ 2.824 para R$ 3.036 — equivalente a dois salários mínimos.
"Foi um recálculo porque este ano já haverá uma pequena correção após o orçamento, devido ao aumento do salário mínimo. Isso altera a base sobre a qual será aplicada a nova isenção", explicou Haddad nesta segunda-feira (17), em Brasília, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O governo Lula deve fazer o anúncio da ampliação da faixa de isenção nesta terça-feira (18), após reunião com os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e do Senado Federal, Davi Alcolumbre.
Haddad afirmou que a proposta do imposto mínimo, anunciada pelo governo no fim do ano passado, será mantida, mas com algumas alterações solicitadas pelo presidente Lula.
"Aquilo que foi anunciado teve ajustes pedidos pelo presidente Lula, como a manutenção dos descontos e a inclusão do CNPJ. Essas mudanças ficaram prontas há duas ou três semanas", disse o ministro.