Haddad diz que Brasil colocou taxação de super-ricos na agenda global

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na quinta-feira (25), durante o primeiro dia da 3ª reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais do G20, que constará na declaração sobre tributação global um reconhecimento de que é necessário aprofundar discussões sobre a tributação dos super-ricos. O  texto final só será divulgado ao fim do evento nesta sexta-feira (26).

Segundo ele, o tema agora está incluído na agenda internacional. A taxação dos super-ricos é uma pauta prioritária para a presidência brasileira do G20. O Brasil defende que os países coordenem a adoção de um imposto mínimo de 2%. 

"Ficamos extremamente satisfeitos com o apoio que foi recebido pelo Brasil. Praticamente todos os participantes do G20 fizeram questão de enfatizar a liderança da presidência do Brasil do G20. Obviamente que há preocupações e ressalvas. Há preferências por outras soluções, mas ao final todos concordamos que era necessário fazer constar essa proposta como uma proposta que merece a atenção devida", disse Haddad.

O ministro disse ainda que a discussão das questões tributárias deve levar em conta o enfrentamento dos desafios globais, como a desigualdade, a fome e as questões climáticas, que vão exigir soluções inovadoras.