Haddad diz que Brasil mantém comunicação formal com EUA e afirma que Trump 'não é um problema exclusivo do Brasil'
Segundo o ministro da fazenda, o Brasil tem uma relação mais amigável com os EUA que qualquer outro país do mundo

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), revelou que a comunicação formal entre Brasil e Estados Unidos (EUA) sobre a tarifa de 50% sobre produtos importados está sendo "feita como tem que ser", além de afirmar que "Trump não é um problema exclusivo do Brasil". Haddad fez as declarações durante uma entrevista ao jornal "CBN".
Segundo o ministro, o Brasil tem uma relação mais amigável com os EUA que qualquer outro país do mundo. O governo americano deve investigar as práticas e políticas do Brasil para avaliar se existe algum risco prejudicial aos EUA. O documento cita temas como relações comerciais entre os países, entre eles a rua de comércio em São Paulo, 25 de março, e o sistema de pagamento eletrônico PIX.
Haddad revelou que ficou srupreso quanto as notícias sobre o PIX, ao considerar que a ferramenta não possui relação com o comércio internacional.
O petista ainda comentou sobre a possível pressão de empresas de cartão de crédito, e afirmou que "é como defender o telefone fixo contra o celular", ao apontar o PIX como uma nova funcionalidade que está tomando o lugar do crédito.
Haddad contou que embora o governo Lula já esperava algum tipo de retalização, principalmente pela "insistência da família Bolsonaro", mas jamais poderiam prever o tarifaço de 50%.
O ministro revela que ao governo Lula não vai "pagar na mesma moeda" as tarifações estadunidenses, especialmente ao considerar que a prática que entrará em vigor em 1° de agosto, se mantém por conta da relação "individual entre Trump e Bolsonaro".
O petista conclui o pronunciamento ao afirmar que o Brasil já se reuniu com autoridades americanas mais de 10 vezes neste ano e pretende manter os diálogos com a gestão estadunidense.