Haddad diz que governo depende do Congresso para endereçar questão fiscal
Para alcançar metas fiscais, gestão atual depende que Congresso aprove medidas
Foto: Agência Brasil/Lula Marques
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (25), durante participação no fórum de economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que o acerto fiscal depende do Congresso Nacional. Ele mencionou diversas medidas que aguardam análise no Legislativo, incluindo propostas relacionadas à recuperação das contas públicas e ao estímulo ao crédito.
Para atingir a meta de eliminar o déficit das contas primárias no próximo ano, o governo necessita da aprovação no Congresso de um conjunto de medidas, incluindo a tributação de fundos exclusivos e offshore, com o objetivo de gerar receitas adicionais no valor de R$ 168 bilhões.
Durante o evento, Haddad enfatizou que o novo marco fiscal faz o ajuste gradualmente, mas ressaltou a importância de determinar o período necessário para essa correção. Além disso, ele apontou a necessidade de corrigir distorções tributárias, considerando que, historicamente, os ajustes recaíram sobre os setores menos favorecidos da sociedade.
"O problema é que o tempo do marco fiscal é um pouco maior do que a área econômica entende ser adequado. Antes do tempo de maturar por dinâmica própria, temos que ajudá-lo a performar melhor no curto prazo", afirmou o ministro. "Tem muita coisa que precisa ser feita logo. Estou convencido de que quanto mais zelo tivermos com essa questão fiscal, mais fácil a agenda desenvolvimentista vai andar", completou.