Política

Haddad entrega ao Congresso projeto de regulamentação da reforma tributária

O projeto apresentado traz regras gerais para impostos sobre o consumo federal, estadual e municipal

Por Da Redação
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Haddad entrega ao Congresso projeto de regulamentação da reforma tributária

Foto: Ricardo Stuckert/PR

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entregou, nesta quarta-feira (24), ao Congresso o primeiro projeto de lei complementar para regulamentar a reforma tributária sobre consumo - cujo a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) foi aprovada no ano passado e promulgada pelo Congresso Nacional.

A proposição foi levada pessoalmente pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). O projeto tem mais de 300 páginas e 500 artigos. 

O projeto apresentado traz regras gerais do IBS e CBS (os impostos sobre o consumo federal, estadual e municipal), além dos regimes específicos para determinados setores e, também, a proposta para o imposto seletivo. O texto também inclui detalhes sobre a cesta básica nacional, que terá impostos zerados.

Além do projeto entregue pelo chefe da Fazenda, haverá outros dois. Um com a formação do Comitê Gestor e a transição na distribuição da receita para os estados e municípios, além de questões relativas a contencioso administrativo. Já o outro, tratará de recursos  aos fundos de desenvolvimento regional e de compensações de perdas dos estados.

Reforma Tributária 

Pela proposta de emenda à Constituição (PEC), cinco tributos serão substituídos por dois Impostos sobre Valor Agregado (IVAs) — com legislação única, sendo um gerenciado pela União e outro com gestão compartilhada entre estados e municípios:

  • Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS): com gestão federal, vai unificar IPI, PIS e Cofins;
  • Imposto sobre Bens e Serviços (IBS): com gestão compartilhada estados e municípios, unificará ICMS (estadual) e ISS (municipal).
  • Além da CBS federal e do IBS estadual e municipal, será cobrado um imposto seletivo (sobre produtos nocivos à saúde) e um IPI sobre produtos produzidos pela Zona Franca de Manaus -- mas fora da região com benefício fiscal.

Segundo estimativas, que os futuros impostos sobre o consumo, para manter a atual carga tributária - considerada elevada -, somariam cerca de 27% - e estariam entre os maiores do mundo.

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