Hamas aceita proposta de cessar-fogo na Faixa de Gaza
Negociação do acordo contou com a mediação do Egito e do Catar

Foto: UN News
O grupo terrorista Hamas afirmou, nesta segunda-feira (6), ter aceitado uma proposta de cessar-fogo para interromper a guerra com Israel, que já dura sete meses. A negociação do acordo contou com a mediação do Egito e do Catar. A informação foi inicialmente divulgada pela rede Al Jazeera, e depois confirmada pela agência de notícias Reuters.
Em comunicado, o grupo palestino afirmou que o chefe do grupo, Ismail Haniyeh, informou ao primeiro-ministro do Catar e ao chefe do departamento de inteligência do Egito que aceitava a proposta elaborada pelos dois países. Ainda não foram divulgados detalhes do que o acordo prevê e nem o que Israel afirmou sobre a proposta.
No final de semana, representantes do Hamas viajaram ao Cairo, no Egito, para discutir um acordo para interromper o conflito na Faixa de Gaza. Ainda no fim de semana, as partes não chegaram a um acordo de trégua. A agência de notícias Reuters ouviu de um representante dos palestinos que essa rodada de negociações estava "perto do colapso”.
A guerra entre Israel e o Hamas teve início no dia 7 de outubro de 2023, quando o grupo palestino atacou o território israelense, matou 1.200 pessoas e sequestrou cerca de 250. Atualmente, acredita-se que ainda restam cerca de 130 reféns israelenses levados para a Faixa de Gaza.
Segundo as autoridades de Saúde de Gaza, controladas pelo Hamas, quase 35 mil palestinos morreram desde então e 77 mil foram feridos.
Invasão a Rafah
Mais cedo nesta segunda (6), o Exército de Israel pediu que os palestinos comecem a deixar Rafah, cidade localizada no extremo sul de Gaza, onde pretende fazer uma incursão por terra. Segundo o Hamas, tropas israelenses fizeram os primeiros bombardeios no leste da cidade, considerada o último refúgio de moradores do território palestino.
Através de comunicado, nas redes sociais, Israel pediu que os moradores deixem a região leste de Rafah com destino a Al-Mawasi, uma cidade vizinha, também na Faixa de Gaza, onde Israel disse ter criado uma zona humanitária com hospitais de campanha, tendas, alimentos e água.
Segundo o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, a ação militar no local seria necessária devido à recusa do Hamas em libertar reféns como parte das propostas para um cessar-fogo em Gaza.