Michel Telles

Harmonização Facial registra recorde no Brasil; aponta Google Trends

Alta dos procedimentos estéticos não cirúrgicos aumentou quase 400%, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP)

Por Michel Telles
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Harmonização Facial registra recorde no Brasil; aponta Google Trends

Foto: Divulgação

Há 12 anos (2008) o Google Trends?—?ferramenta de tendências do Google, pontuava pela primeira vez o interesse dos brasileiros por harmonização facial. À época, harmonizar o rosto unindo botox, preenchimento facial, lasers, fios de sustentação, microagulhamento e peeling químico parecia “coisa de cinema”.

No último trimestre de 2020, no entanto, o tratamento estético alcançou o pico recorde de pesquisas no Brasil, fato inédito desde o início da varredura pelo Google. A procura pela harmonização facial em outubro, inclusive, ultrapassou as buscas pelo botox?—?que desponta entre a população desde a virada do século. 

A “harmonização” integra a alta dos procedimentos estéticos não cirúrgicos entre a população, que aumentou em quase 400% no Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Só o rosto harmonizado?—?tratamento queridinho entre os famosos, a exemplo de AlokGretchenLucas LuccoMC LomaKelly Key e a cantora Joelma?—?cresceu em torno de 50% no ano de 2020, conforme atestado pela clínica Dr. Vinicius Said.

O aumento na procura, principalmente pelo rosto harmonizado, se dá pela ausência de anestesia geral ou repouso absoluto, como acontece com as cirurgias plásticas. E o ponto principal são procedimentos seguros. O conjunto de procedimentos que englobam a harmonização facial ainda oferece uma resposta, na maioria dos casos, imediata”, pontua Vinicius Said, Speaker em harmonização facial pela Harvard Medical School?—?Boston. 

O depoimento do biomédico faz menção ao conjunto de procedimentos estéticos que fazem parte do processo de harmonização e preparo da pele, a fim de prevenir e atenuar o processo natural de envelhecimento, entre eles: bioestimuladores, peeling químico, microagulhamento, laser, preenchedores, fios de sustentação e toxina botulínica. O objetivo do tratamento é devolver o volume perdido em determinadas áreas da face. 

Capaz de proporcionar serenidade, leveza e rejuvenescimento facial para os pacientes, a “harmonização facial” disparou em 255% entre os anos de 2014 e 2019 nos consultórios estetas, saindo de uma média de 72 mil intervenções faciais ao ano para 256 mil, ainda segundo dados da SBCP.

O interesse dos brasileiros pelo rosto harmonizado, no entanto, ainda varia de região para região, com predominância no Distrito Federal (DF), seguido pelo Acre (2º colocado) e Tocantins (3º), conforme apontado pelo Google Trends na categoria “interesse por sub-região”. Estados como Rio de Janeiro (11º), São Paulo (12º) e Bahia (17º) ocupam posições medianas em um total de 27 distritos.

O intenso movimento nos consultórios estetas a procura da “harmonização facial” é uma realidade crescente na Bahia, conforme aponta o revisor da Revista Brasileira de Estética, Vinicius Said. Atuando em Salvador, o biomédico relata que o público misto (jovens, meia e terceira idade) é marcante na região, embora a faixa etária acima dos 35 anos seja predominante.                                                      

Em geral, o maior público é acima dos 35 anos, que já trazem queixas como marcas de expressão e rugas indesejadas. Aos mais jovens sempre faço uma avaliação e ofereço alternativas de tratamento que possam melhorar sem preencher toda a face. Harmonizar, na minha visão, é como esculpir uma escultura, que requer tempo e não pode ser feita tudo em uma única vez. É necessário rever o paciente, seja qual for, em outro momento, respeitando o período de recuperação, para que possamos chegar a um resultado incrível de forma sutil e agradável”, relata Said

Segundo o último balanço da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (International Society of Aesthetic Plastic Surgery?—?ISAPS), o Brasil segue ocupando a 2ª posição no ranking de países que mais fazem procedimentos estéticos não cirúrgicos no mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos (1º). Atualmente, o país é responsável por 9,7% dos procedimentos estéticos realizados no mundo. 

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