HD externo da CPI da Covid será destruído pelo Senado com furadeira e marreta
Medida foi determinada pelo ministro do STF, Gilmar Mendes
Foto: Edilson Rodrigues/ Agência Senado
O Senado vai destruir um HD externo que armazena documentos sigilosos da OPT Incorporadora Imobiliária e Administração de Bens Próprios Ltda e Brasil Paralelo, que foram ouvidas na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, que apurou supostas ações e omissões do governo federal durante a pandemia.
A medida é uma determinação feita pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. Nenhuma das empresas foi citada no relatório final da CPI e seus representantes poderão participar do ato de destruição. De acordo com o jornal Estado de S.Paulo, a ação será feita com furadeira e marretas.
"Todo o ato de destruição será filmado para evitar questionamento futuro", afirmou o coordenador de Comissões Especiais Temporárias e Parlamentares de Inquérito do Senado, Leadro Cunha Bueno, ao Estado de S.Paulo. "As imagens serão mantidas sob sigilo."
Para o vice-presidente da CPI da Covid, o senador Randolfe Rodrigues, a ação de destruição do HD é "desnecessária" e pode atrapalhar investigações futuras.
"Considero a decisão de aniquilação, de destruição do material, inusitada. Em nosso entender, tem prejuízo futuro para eventual condução das investigações se, mais adiante, o MP requisitar a utilização desse material para algum fim. Particularmente, considero a decisão desnecessária", disse a UOL.
Na justificativa, o ministro Gilmar Mendes defendeu que os dados estão em poder da Procuradoria-Geral da República (PGR) e que não há motivo para permanecer sob o Senado.