Homem toma posse no TCE-BA após ser reprovado duas vezes como cotista negro
Bruno Cabral conseguiu liminar na Justiça após alegar que se 'bronzeia com facilidade'
Foto: Gustavo Rozário/TCE-BA
Reprovado duas vezes pela comissão de heteroidentificação do concurso de Auditor do Tribunal de Contas da Bahia (TCE-BA), o candidato Bruno Gonçalves Cabral tomou posse no início de outubro através de uma liminar concedida pela juíza da Segunda Câmara Cível, Maria do Rosário Passos da Silva Calixto.
De acordo com Bruno Cabral, ele se autodeclarou negro por ter características de pessoa parda, com cabelos escuros e ondulados, nariz de base larga, lábios volumosos e cor de pele morena, “sendo sua ascendência compatível com a sua autodeclaração, pois seu avô e tia também teriam fenótipo pardo”, diz trecho da ação ajuizada pelo candidato.
O candidato teve o pedido negado em primeira instância, quando recorreu e teve a liminar concedida em 9 de julho. A decisão suspendeu as medidas tomadas pela comissão de heteroidentificação, o que permitiu que retornasse à lista de cotistas negros.
Pela ampla concorrência, Bruno ficou em 45º lugar e não conseguiria ser aprovado. Já entre os cotistas, ele ocupa a 8ª posição, sendo o penúltimo do ranking das vagas disponíveis.
A vaga de auditor do TCE-BA tem salário de R$ 10.325,34 por 30 horas de trabalho semanais, entre outros benefícios.